Santa Casa confirma choque anafilático em morte de jovem
O superintendente da Santa Casa de São Carlos, Daniel Bonini, confirmou que a jovem Fabiana Mendes Magalhães, de 20 anos, morreu depois de um choque anafilático.
A vítima morreu em 8 de fevereiro, após o parto de uma menina, às 10h30. O laudo foi divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML), segundo Bonini. “Só sabemos o resultado do laudo, não sabemos a substância que provocou o choque anafilático, provavelmente biológico, por causa de um antibiótico ou outra substância utilizada durante o parto”, disse o superintendente da Santa Casa.
Bonini confirmou que há outras duas investigações em curso. “Os outros dois casos não tivemos o envolvimento do IML e estão sob a responsabilidade das comissões de Ética e Óbito que têm até 60 dias para apresentar os resultados”, disse.
Condições
Bonini comentou que a Maternidade Francisca Cintra Silva busca melhorar as condições de acolhimento das gestantes. O hospital, inclusive, foi convidado a participar do programa Parto Adequado, do Hospital Albert Einstein. Iniciado em abril de 2015, o Projeto tem contribuído não apenas para aumentar o número de partos normais, mas para provocar uma mudança no modelo assistencial de atenção ao parto e nascimento. “Hoje a Rede Pública de Saúde cuida das gestantes até a 32ª semana. Depois, fica tudo para a Santa Casa. Então, precisamos de um cuidado diferenciado para não colocarmos as mulheres em risco”. Hoje, há uma única maternidade em São Carlos, mas há um debate com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para, em parceria com o Hospital Universitário, ampliar a oferta no atendimento.
Morte de gestante aconteceu no parto
Fabiana Mendes Magalhães, 20 anos, chegou à maternidade Na quarta-feira, 8 de fevereiro, às 6h30, para o parto. “Ela era a minha princesa. Hoje, está morta”, desabafou no dia da morte o marido dela, Renan Dantas. O caso foi registrado em Boletim de Ocorrência. “Nós fizemos o pré-natal certinho. Às 10h, a Fabiana foi levada para a cirurgia, os médicos se apresentaram e aplicaram a anestesia. Ela reclamou de formigamento nas mãos e na boca e então chamei a enfermeira. Depois, começou a vomitar”, explicou.
De acordo com Renan Dantas, a médica levou a menina para a limpeza e os vômitos de Fabiana não cessaram. “Colocaram uma máscara de oxigênio na minha esposa”, descreveu Renan.
Depois, o pai de Eloá afirmou que foi à recepção para mostrar as fotos da criança à sogra. “Meia hora depois, me chamaram. Chegaram uns cinco médicos e eu deduzi que a Fabiana morreu”, disse, aos prantos. “Falaram de choque anafilático”, comentou.