Sindicalizados e prestadores de serviço reclamam de sindicato

22/02/2013 11h16 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação

A subsede do Sindicato da Categoria Profissional dos Empregados e Trabalhadores em Vigilância na Segurança Privada de Araraquara e Região (Sindivigilancia), cuja sede é em Araraquara, é algo de reclamações de prestadores de serviço e sindicalizados. Atraso em pagamento de serviços prestados e deficiências no atendimento motivam críticas.

“Eu fiz convênio com o Sindicato, e todo dia 12, 13, 14, mais ou menos eles pediam a relação dos cortes que tinham aqui e me traziam o cheque até o dia 20”, explica o cabeleireiro Romilson, que completa: “Essa última vez, em fevereiro, juntou 23 cortes, daí eu ligava lá e não atendia telefone. Ligava e não atendia. Pedi para manicure ir lá ver o que aconteceu. Chegou lá estava fechado e um monte de gente querendo saber o que aconteceu, também pra receber, alegando que eles tinham mudado de endereço, não deram satisfação, não ligaram aqui para falar nada. E agora estou com os corte para receber e não recebo. Está há 3 dias fechado”, diz. Segundo ele, o valor devido é de R$ 184,00.

“Uma vez fiquei duas semanas para pegar o cartão de corte de cabelo”, disse um dos vigilantes com quem a reportagem conversou. Outro reclama que está desde o dia 7 de fevereiro tentando pegar a sua Carteira Nacional de Vigilante e não consegue por encontrar o sindicato fechado. 

Julio César Bento, uma das lideranças que luta pela implantação do sindicato próprio na cidade, diz: “Em 2011 fizemos uma Assembléia de Fundação para ter um sindicato próprio aqui na cidade, e agora estamos aguardando a decisão judicial. Eles não funcionam diariamente, o respaldo jurídico também não é diariamente, então estamos brigando para ter um sindicato próprio par ter tudo isso aqui. Nós precisamos deles para cobrir dissídio, data-base, e quando buscamos saber o que estão pleiteando para gente, a gente ó sabe quando eles fechara o dissídio, não sabemos antes. Às vezes os vigilantes procuram lá e são mal atendidos. Quando precisamos de um respaldo jurídico precisamos marcar um dia certo, para fazer homologação também. A homologação de uma amiga minha demorou 72 dias para ser feita”.

Segundo pudemos apurar, o Sindivigilancia representa entre 2.500 e 3000 vigilantes em 23 cidades da região entre Itápolis e Araraquara e Araraquara-Analândia. O Sindivigilancia não soube informar quantos representados estão em São Carlos, mas segundo Bento, o número ultrapassa os de Araraquara.   

Outro lado

Jorge Zacarias, presidente do Sindivigilancia, explica: “Na sexta-feira (15) a nossa secretária na sub-sede se demitiu e tivemos dificuldade de funcionar nesses dias. Mas no mais tardar 2ª ou 3ª feira tudo já volta ao normal”. Quando às homologações, ele fala:  “A empresa entra em contato conosco e com o escritório em São Carlos e marca a homologação. Inclusive hoje (quinta-feira, 21) temos reunião aí”. E completa: “Em todo lugar tem oposição, e ela fica levantando essas questões. Mas não procede a informação de que o Sindicato dos Vigilantes em São Carlos fechou”, diz o presidente.