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Treino auxilia bebês com alterações neurológicas

26/07/2017 10h12 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Treino auxilia bebês com alterações neurológicas

Pesquisa realizada pela estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar, Ana Luiza Righetto Greco, sob orientação da docente Eloisa Tudella, do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade, busca verificar a eficácia de um treino específico de alcance manual em bebês com alterações neurossensoriomotoras e analisar se ocorrem mudanças nessa habilidade após a aplicação do treino. A pesquisa “Efeito do treino específico no alcance de lactentes de risco para atraso no desenvolvimento neurossensoriomotor” tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Ana Luiza Greco explica que o treino de alcance manual é uma adaptação de um protocolo já desenvolvido no Núcleo de Estudos em Neuropediatria e Motricidade (NENEM) da UFSCar, em que o bebê repete o movimento de alcançar um objeto maleável na linha média, com auxílio de uma fisioterapeuta, durante 10 minutos por dia, por quatro dias consecutivos. Esse tipo de treinamento é indicado para bebês de risco, ou seja, aqueles que apresentem algum risco biológico que possa causar atraso no desenvolvimento neurossensoriomotor, como em casos de bebês prematuros, com síndromes genéticas, como o Down, por exemplo, paralisia cerebral, baixo peso ao nascer, malformações congênitas e genéticas. De acordo com a pesquisadora, “quando os bebês apresentam indicadores de risco para essas alterações, é necessário que os profissionais realizem um acompanhamento dessas crianças e as encaminhem para programas de intervenção precoce”.

De acordo com a pesquisadora, este projeto é importante, pois estará ajudando no entendimento sobre os benefícios da aplicação de um treino de alcance manual para o desenvolvimento neurossensoriomotor de bebês de risco para atraso no desenvolvimento motor, como aqueles nascidos prematuramente. A partir disto, entenderemos como aplicar protocolos de treino nessa população. “Ainda, este projeto poderá ajudar na orientação das mães sobre como estimular a exploração do ambiente por meio do alcance em seus bebês, favorecendo não só o desenvolvimento motor, mas também a interação mãe-filho”, destacou Greco.

Expectativas – Questionada sobre resultados de curto e longo prazo, Ana Luiza disse que, a curto prazo, o que se espera é que o protocolo de treino  proposto nesse projeto seja benéfico para bebês de risco e contribua, portanto, para seu desenvolvimento em todos os âmbitos, tanto motor e cognitivo como perceptual. A longo prazo, “se obtivermos bons resultados com este trabalho, a ideia é divulgar o protocolo por meio de mídias, folders e cartilhas para que atinja toda comunidade, desde pais/cuidadores  até profissionais da área da saúde (fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, por exemplo), para que estes apliquem em ambiente domiciliar e na prática clínica”, disse.

Treinamento – O foco principal do estudo são bebês nascidos prematuros e/ou baixo peso que ainda não estejam realizando o alcance manual, ou seja, por volta dos 2 meses de idade. 

Além destes, bebês nascidos a termo saudáveis a partir dos 2 meses também poderão participar, mas estes não receberão o treino, apenas servirão como comparação àqueles que receberem o treino. Em contrapartida, os pais/responsáveis destes bebês que não farão treino, receberão informações em relação ao desenvolvimento motor atual de seus filhos bem como informações de como estimulá-los melhor em casa.“A avaliação do desenvolvimento motor é realizada com instrumentos padronizados e conhecidos mundialmente, e por meio dos resultados da avaliação, vamos conversar com os pais/responsáveis a fim de esclarecer possíveis dúvidas”, finalizou Ana Luiza.

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