USP reúne ex-alunos para discutir empreendedorismo
Na tarde desta sexta-feira, 22, a Escola de Engenharia de São Carlos da USP de São Carlos (EESC-USP) promoveu a mesa-redonda Empreendedores da EESC. Um dos quatro eventos realizados no dia para comemorar os 60 anos da Escola, ela reuniu três ex-alunos da instituição para debater o tema: Carlos Frederico Bremer (sócio-sênior da Value Chain da Ernest & Young), João Guilherme Sabino Ometto (presidente do Conselho Administrativo do Grupo São Martinho) e Liliana Aufiero (diretora-presidente da Lupo S/A).
“As características básicas de um empreendedor são: primeiro, ele tem que gostar de desafios; segundo, ele tem que saber que isso está atrelado à responsabilidade”, disse Liliana Aufiero, que completa: “Muita gente diz que uma pessoa é visionária, mas visionário que não pensa na responsabilidade e no efeito daquilo que ele está fazendo não é um empreendedor”.
O sócio-sênior da Value Chain da Ernest & Young, disse: “Minha empresa nasceu aqui, dentro do laboratório de Engenharia de Produção Mecânica. É uma honra estar aqui”. Durante sua fala no evento, Bremer, que foi aluno, doutorando e professor da EESC, afirmou: “Existem algumas frases que realmente nos marcam. Certa vez, em Lisboa, vi pichado no muro: ‘Ou você faz parte do problema, ou da solução’. E o papel do empreendedor é fazer parte da solução. E a solução está dentro desta sala”, disse a um público formado, em sua maioria, por muitos alunos.
Para Geraldo Roberto Martins Costa, Diretor da EESC, a Escola tem uma importância não apenas local, mas nacional e internacional: “Existe uma relação muito forte entre a EESC e a cidade: o desenvolvimento de São Carlos começa a partir da instalação da escola. Hoje temos engenheiros no mundo todo, eles mostram suas qualificações para esses vários países e engrandecem a EESC”.
Questionado sobre a necessidade de engenheiros no país, João Guilherme Sabino Ometto, que além presidente do Conselho Administrativo do Grupo São Martinho é 2º vice-presidentes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), disse: “Sentimos muita necessidade de engenheiro. Está faltando no Brasil. Enquanto a China forma 300 mil engenheiros por ano, nós formamos 30 mil”.