Voluntários ajudam em pesquisas para tratamento de doenças cardíacas
Voluntários homens, com idade entre 35 a 65 anos, estão sendo convidados, pelo Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para a elaboração de pesquisas avançadas no tratamento de doenças cardíacas.
Os voluntários devem apresentar algum quadro de doença arterial coronariana, como colesterol elevado, hipertensão controlada, diabetes mellitus tipo 2, obesidade e tabagista para participar de avaliação cardiológica, de teste de esforço físico e de exames bioquímicos de sangue.
Os interessados em participar da pesquisa serão submetidos a exames de sangue completo, coleta da frequência cardíaca em repouso, por meio do cardiofrequencímetro, e teste cardiopulmonar.
Após realizarem as avaliações, será proposto um programa de treinamento físico aeróbio supervisionado, três vezes por semana e composto por 48 sessões. Todas as avaliações serão realizadas no Núcleo de Pesquisa em Exercício Físico (Nupef) da UFSCar.
Os estudos são realizados pela aluna do curso de doutorado Nayara Tamburus, sob orientação da docente Ester da Silva, do Departamento de Fisioterapia (DFisio), através do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia.
A aluna explica que com os resultados desse estudo, pretende-se obter subsídios para acrescentar ações de medidas preventivas e de tratamentos da doença arterial coronariana e de seus fatores de risco aos já existentes.
“A pesquisa trará maior entendimento na elaboração do tratamento fisioterapêutico a partir da prescrição de exercícios dinâmicos a indivíduos saudáveis e coronariopatas, além de contribuir no avanço do conhecimento científico na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares no homem”, destaca Tamburus.
Além disso, espera-se que o estudo proporcione importante contribuição para o paciente, a partir dos benefícios conquistados através do treinamento físico aeróbico intervalado na redução dos fatores de risco e na melhora integral do sistema cardiovascular aumentando gradualmente a capacidade aeróbia.
“A relevância da pesquisa leva em consideração que a doença arterial coronariana constitui a causa mais importante de morbidade e mortalidade no Brasil. Além disso, os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, e até mesmo a presença do fator genético se relacionam com a predisposição ao desenvolvimento da mesma”, explica a aluna.
A doutoranda ainda ressalta que a doença arterial coronariana é caracterizada pela redução do fluxo sanguíneo ao coração decorrente ao acúmulo de placas de gordura no interior das artérias coronárias, responsáveis pela fornecido de sangue e oxigênio ao coração.
Esses pacientes geralmente referem dor no peito (angina) podendo irradiar para o braço direito ou esquerdo, falta de ar e intolerância ao exercício. Quando não tratada precocemente, a doença arterial coronariana pode evoluir para o infarto agudo do miocárdio ou morte súbita.
