A arte de tatuar a pele é milenar
A primeira tatuagem encontrada ao longo da história foi numa múmia de 5.300 anos. Uma maneira de expressar a identidade no próprio corpo, carregada de simbologia e preconceito. A tatuagem é uma demonstração de marginalidade ou uma mera expressão artística da personalidade do indivíduo que resolve fazê-la?
Em pleno século 21, pessoas que optam por fazer tatuagem ainda sofrem o preconceito e a marginalização em diversas situações. O que muitos não sabem é que o culto à arte corporal é muito antiga e já passou por inúmeras transformações nas mais diferentes culturas. Acredita-se que a origem dessa prática surgiu em 2.000 a.c. com os egípcios que difundiram a cultura pelo oriente médio e Ásia.
Aqui em São Carlos os problemas ainda são comuns e os mesmos. Então para entender melhor essa realidade conversamos com o tatuador Richard Cristiano que nos deu o panorama sobre tatuagem e arte, o que é permitido ou não, o que levar em consideração ao fazer uma tatuagem.
Richard acredita que o tatuador também é um artista e que a tatuagem nada mais é do que arte: “É a arte que transforma a pele em obra de arte”, afirma. Para ele, a maior parte das pessoas busca colocar sua personalidade e sentimentos nas tatuagens, acaba representando um símbolo permanente. Porém, por outro lado há também aquelas pessoas que se tatuam apenas por gostar do desenho, apenas pela arte.
O início de sua carreira como tatuador é como a de muitos outros, no final do século passado, ainda não havia muita informação acessível, hoje com a internet é possível ter acesso às novas técnicas e materiais de melhor qualidade para quem quer exercer a profissão. Para Cristiano, a paixão pelo desenho o levou a ter seu próprio estúdio de tatuagem.
Através da profissão encontrou sua esposa Jeniffer Martins, que também é apaixonada por tatuagem. Ela conta que conheceu Richard quando foi fazer sua tatuagem aos 15 anos, ele era o tatuador. Desde então estão juntos e ela já tatuou as costas inteira e muito mais. Para ela, fazer tatuagens é uma prova de amor próprio, de aceitação de sua personalidade e modo de ser.
Richard deixa alguns conselhos para aqueles que ainda não fizeram a primeira tatuagem ou pretendem se enveredar nessa cultura. Primeiro ponto é, evite tatuar nome de namorada(o), amores, essas são as tatuagens mais procuradas para serem cobertas. A opinião do tatuador deve ser sempre levada em consideração, afinal ele tem experiência e saberá lhe dizer o que fica bom na pele. Verifique bem o estúdio e as condições de higiene e do material aplicado à pele.
Esta reportagem compõe uma série sobre tatuagem e arte. Na próxima semana estaremos falando sobre tatuagem e os símbolos.
