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Cordel: Cultura prepara salvaguarda e Congresso Brasileiro sobre o tema

Ações diretas do Ministério e suas entidades vinculadas visam fortalecer literatura tradicional

04/08/2023 09h22 - Atualizado há 12 meses Publicado por: Redação
Cordel: Cultura prepara salvaguarda e Congresso Brasileiro sobre o tema Foto: Daniela Nader/Divulgação

Consagrado por sua genialidade artística, o paraibano Ariano Suassuna guarda influências em comum com o escritor e poeta mineiro João Guimarães Rosa, autor de Grande Sertão Veredas, e com o pernambucano João Cabral de Melo Neto, criador da obra literária Morte e Vida Severina: a literatura de cordel. Em primeiro de agosto é celebrado o Dia do Poeta Cordelista, persona dessa poderosa manifestação artística, reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, desde 2018.

Parte de um movimento constante de reconhecimento e fortalecimento dessas expressões culturais, o Ministério da Cultura prepara uma série de ações relacionadas à temática. São investimentos, editais e eventos em busca da preservação da literatura de cordel.

“A [Fundação] Casa de Rui Barbosa está promovendo, em parceria com a Secretaria de Formação, Livro e Leitura e com a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, o Congresso Brasileiro de Literatura de Cordel. Será o momento de valorização, reconhecimento, debates e reflexões”, adianta o presidente da Fundação, Alexandre Santini.

Geralmente pendurados por cordas, daí uma das possíveis origens de seu nome, os pequenos livros de poesia de cordel ganham uma série de medidas para salvaguarda, realizadas pelo Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI), vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As iniciativas envolvem ações de identificação, reconhecimento, apoio, fomento a bens culturais imateriais de comunidades e grupos de todo país.

Reuniões nas superintendências regionais do Iphan são realizadas frequentemente para elaboração de um Plano de Salvaguarda da literatura de cordel. Quem informa é o diretor do DPI, Deyvesson Gusmão.

“A Literatura de Cordel é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil desde 2018. E o principal argumento para esse reconhecimento é o fato de ela estar muito ligada a uma poética nordestina e, portanto, a uma tradição oral na forma de contar as narrativas sobre os lugares no Brasil e no Nordeste. Desde então, viemos pensando em estratégias para elaborar o Plano de Salvaguarda, que deve ser concluído até o final de 2023”, planeja.

Ele explica o Plano ser um conjunto de ações planejadas feitas com vistas à manutenção e à continuidade do bem cultural. “Em geral, essas ações envolvem a participação, tanto do poder público local, quanto do próprio Iphan, mas também, e, principalmente, das comunidades detentoras, portanto, dos próprios cordelistas”.

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