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Debate sobre expressões identitárias e artísticas do segmento LGBTQIA+ ganha espaço

Apresentação das drag queens Nágila GoldStar e Organzza, no início da tarde desta quinta (7) marcou um dos principais pontos discussão do te

10/03/2024 06h31 - Atualizado há 5 meses Publicado por: Redação
Debate sobre expressões identitárias e artísticas do segmento LGBTQIA+ ganha espaço Fotos: Victor Vec/ MinC

“A arte transformista é cultura viva”. A afirmação é do professor da Escola de Belas Artes de Minas Gerais, Sandro Ka. Pessoa convidada da 4ª Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC), ele era um dos expectadores do Palco Diversidade, no início da tarde desta quinta-feira (7), durante a apresentação das drags queens Nágila GoldStar e Organzza.

Há pouco mais de dez anos, Sandro acompanha o movimento cultura com interesse especial nas manifestações LGBTQIA+. “As questões de gêneros, de lugares, de pertencimento, existe sempre uma luta para colocar isso como uma expressão identitária genuína de um segmento cultural da nossa população, que é o segmento LGBTQIA+. É uma luta constante para que a Cultura LGBTQIA+ seja colocada nas discussões”, avalia.

“Drag é arte, não é gênero. É para todas as pessoas que quiserem fazer. Eu como mulher cis sapatão, estou aqui fazendo drag. Todas as mulheres que quiserem, se sentirem à vontade, essa arte é nossa também”, afirmou Nágila, que em um dos momentos mais bonitos da apresentação, chamou seis pessoas do público para dividirem o palco com ela. “A gente está aqui para dizer que a arte transformista está em todos os lugares, inclusive na Conferência Nacional”, completou a drag queen.

Uma das participantes desse momento foi Alice Anayumi, pessoa delegada representante do Mato Grosso. Para ela, que também faz performances drag, “poder contribuir, subir no palco, sentir a energia das performances, do público, é simbólico e potente”. “Essa Conferência está sendo um sopro de ar fresco para a gente. Acredito que, principalmente nos interiores, onde a gente tem uma política muito pesada em cima dos corpos dissidentes, ter esse momento é uma forma de voltar renovada para casa e perceber que o que a gente está fazendo está dando certo. E a gente está conseguindo o nosso espaço, está conseguindo as coisas, coletivamente e com afeto”, disse.

Organzza, um dos nomes do universo drag mais conhecidos da atualidade, agitou o público com apresentações cheia de voguing – movimentos rápidos e de forte impacto visual. “Talvez esse seja o evento mais importante que participei na minha vida, porque depois de tudo o que a gente passou alguns anos atrás, eu nunca imaginei que estaria na 4ª Conferência de Cultura, um evento nacional”, explicou.

Antes de se despedir, ela pontuou a importância da arte na expressão identitária, mas, principalmente, artística, do segmento. “Se a gente está aqui é porque, em algum momento, a arte e a cultura entraram nas nossas vidas.”

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