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Debate, vivência de coco de Toré e Sambada integram a programação na Teia

04/12/2014 19h41 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Debate, vivência de coco de Toré e Sambada integram a programação na Teia

A Teia Casa de Criação convida toda a população a participar da sexta edição do evento Quão Negro Somos, que tem como objetivo promover debates e vivências sobre a relação entre os saberes escolares e os saberes oriundos da cultura afro-brasileira. Este ano, o evento só foi possível devido à participação em um edital organizado pela Fundação Cultural Palmares. Para garantir as discussões e as práticas foram convidados Nilton Júnior do Pandeiro do Mestre e Lajara Janaina Correa. As atividades acontecerão entre os dias 5 e 6 de dezembro, na sede da Teia.

A Teia Casa de Criação é uma associação civil sem fins lucrativos que desenvolve, há quase 14 anos, projetos e pesquisas nas seguintes áreas de atuação: Urbana, Socioambiental, Cultura e Comunicação, Arquitetura e Tecnologia e Construção. Por isso, está sempre articulando parcerias com questões de impacto para a cidade. Desde 2010, uma das bandeiras que a associação tem levantado é a de garantir que a cultura africana passe a ser parte do currículo escolar em escolas públicas e privadas. Para isso sempre é montada uma programação que traga aos participantes a teoria aliada à prática. 

Trazer à tona a discussão da implementação da Lei 10.639/03, que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. A mesa de abertura do dia 5 é aberta ao público e a proposta é realizar um bate-papo com os convidados Nilton Júnior e Lajara Janaína. Vivian Parreira, coordenadora do projeto, conta que “Esta mesa é a celebração de um trabalho que já esta acontecendo há algum tempo, é um momento em que as professoras ligadas a esta temática, explorem o resultado de julho até agora.”

Já no sábado, dia 06, a programação começa às 14 horas com uma vivencia do coco de toré com Nilton Júnior do Pandeiro do Mestre, voltada a educadores, e para participar desta atividade é preciso realizar inscrição, pois o público alvo são professores e educadores. As inscrições devem ser feitas na Teia pelo telefone 3413-7110. Na sequência, terá uma sambada de coco com o grupo Chinela Baixa e a participação do mestre. Parreira faz o convite à população e ressalta a importância de valorizar essas culturas “Acreditamos nesse trabalho, porque para nós é muito importante que haja essa valorização das culturas de matriz africana e indígena, pois fazem parte do que é a cultura brasileira, então participem desta edição do Quão Negro Somos e vivencie conosco esta troca de conhecimento!”

O Coco de Toré Pandeiro do Mestre é bastante influenciado pela musicalidade dos mestiços do sertão, do agreste e da zona da mata e pela música dos rituais do “Toré” dos índios Pankararu, Xucuru, Fulni-ô, Kapinawa, Xocó e Cariri-Xocó do nordeste brasileiro. A música do toré é a essência do coco, que era praticado pelos índios Potiguaras da Baía da Traição, no estado da Paraíba.

 

Conheça os convidados

Nilton Júnior é músico, compositor, arranjador, produtor e diretor musical. Em 2000, fundou o “Coco de Toré Pandeiro do Mestre”, especializado em um tipo de coco fortemente influenciado pela música dos rituais do “toré” dos índios Pankararu, Xucuru, Fulni-ô, Kapinawá, Xocó, Cariri-Xocó e Potiguara do nordeste brasileiro. Desenvolve pesquisa de música indígena associada à música popular e instrumental desde o início de suas atividades.

 

Lajara Janaina Correa possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2006) e mestrado em Educação pela mesma instituiçaõ. Atualmente, é doutoranda em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação das Relações Étnico­Raciais, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino superior, trajetórias escolares, curso pré­vestibular, movimentos sociais, educação infantil, relações étnico­raciais, infância e crianças.

 

Chinela Baixa

Coco, cafurna, mazurca, brinquedo ou folguedo de roda são os vários nomes dados a uma brincadeira popular que surgiu na época da escravidão nas lavouras de coco do nordeste do Brasil. Esta brincadeira é uma mistura das tradições e influências indígena, africana e portuguesa, principalmente na marcação do ritmo, na instrumentalização e em seu formato de roda. O conjunto de oficinas de coco de roda denominadas “Sala de coco”, ministradas pelo músico pernambucano Guga Santos, durante o Festival MACACO, realizado na USP de São Carlos, em agosto de 2010, reuniu o público são-carlense em geral e alguns integrantes do grupo Girafulô, que desde 2006 trabalha com práticas e pesquisas em danças brasileiras na cidade e região. Estas vivências culminaram em um show durante o próprio festival em que o público respondeu com forte participação e envolvimento. Foi deste contato que se formou o grupo de samba de coco Chinela Baixa, em 2010, na cidade de São Carlos/SP.

SERVIÇO

05/12

19h – Mesa de abertura “Saberes e Fazeres: Reflexões acerca da valorização das culturas de matrizes africanas”, com Nilton Júnior do Pandeiro do Mestre e Lajara Janaina Correa.

 

 

06/12

14h – Vivência de Coco de Toré com Nilton Júnior, voltada a educadores participantes do Quão Negros Somos

 

18h – Sambada – Chinela Baixa convida Pandeiro do Mestre 

Sambada de Coco com o grupo Chinela Baixa (São Carlos – SP) e participação especial de Nilton Júnior do Coco de Toré Pandeiro do Mestre (Recife-PE).

 

Portaria da Sambada: R$10,00

 

Local: TEIA – Casa de Criação

Rua Rui Barbosa, 1950

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