Exposição Habitar Outro Espaço está aberta para visitação

20/10/2012 14h11 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação

Até 30 de novembro a artista Lúcia Fonseca mostra seu trabalho através da exposição “Habitar O(utro) Espaço” no Teatro Municipal Dr. Alderico Vieira Perdigão. A visitação é de quarta a domingo das 16h às 20h. A entrada é franca.

A exposição faz parte do Projeto Exposição Individual/Instalação, e foi o projeto selecionado no edital 8º Chamamento Público para Projetos Expositivos de Artes Visuais da Coordenadoria de Artes Visuais 2011/2012, organizado pela Divisão de Artes Visuais da Coordenadoria de Artes e Cultura de São Carlos.

Além da exposição de 23 a 30 de outubro das 16h às 18h haverá o Atelier da Artista e a

Mesa redonda “Espaços de Habitaçäo” com a presença da artista Lúcia Fonseca e da curadora Cláudia França. No dia 28 haverá o lançamento do livro “Habitar o Espaço” às 19h, no Saguão do Teatro Municipal

A proposta da exposição “Habitar O(utro) Espaço”, é parte da pesquisa artística “Modos de Habitar: a práxis do desenho na contemporaneidade” em desenvolvimento no Departamento de Artes Plásticas, Instituto de Artes da UNICAMP desde 2008.

A proposta conta com a curadoria da artista visual Cláudia França. De acordo com a artista, Lúcia Fonseca a instalação propõe uma experiência real com o espaço obtida na relação entre desenho, arquitetura e corpo. Lúcia explica a instalação.

“Dois momentos constituem a proposição, o primeiro é elaborado por desenhos borracha e por desenhos sobre papel, montados em relação de diálogo com o lugar e sua arquitetura. Já o segundo momento implica numa relação minha, enquanto artista, de experiência de atelier no local, o Atelier da Artista”.

“Durante o “Atelier da Artista”, uma parte dos lençóis de borracha terá seus desenhos modificados e o processo de cada novo desenho registrado por fotografia e vídeo. Ao final da mostra será publicado um catálogo que apresentará a pesquisa desde o seu inicio”, conta Lúcia.

A artista visual e professora na Universidade Federal de Uberlândia fala sobre a exposição. 

“Modos de habitar revelam-nos uma saudável complexidade. Complexidade de tempos, na convivência de fases distintas de produção. Desenhos em papel, de escala diminuta, revelam sua potência no enfrentamento com os desenhos maiores e das linhas de borracha que caminham pelo museu-atelier. Revelam que há modos e modos de habitar o espaço composicional, mas a trama entre eles nos revela também a história do processo de e constituição do pensamento visual da Lúcia. Para tal, torna-se imperativa a existência de espaços vazios, porém pregnantes de um peso que não está mais na borracha, nas estruturas rígidas ou nos desenhos que estão nas paredes, nem mesmo no texto como ocorrência visual”.

“Trata-se do peso mesmo do espaço real, que abrigará o sujeito que por eles percorre e experimenta, por si, o diálogo das matérias, das situações formais e das outras formas, da transparência das soluções artísticas, consubstanciando um modo de habitar que é só seu e que só é dado aqui e agora”, finaliza.