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Felipão evita falar sobre futuro

12/07/2014 11h59 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Felipão evita falar sobre futuro

Célio Messias/Vipcomm

Após um ano e meio no cargo de técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari considera que fez um bom trabalho, mas evitou falar sobre o futuro e disse que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai analisar seu desempenho ao final da Copa do Mundo.

Felipão, que substituiu Mano Menezes no fim de 2012, tinha um discurso bastante otimista sobre a equipe do Brasil para o Mundial, dizia que tinha obrigação de ser campeã em casa, porém uma derrota humilhante de 7 x 1 para a Alemanha, na semifinal, enterrou o sonho brasileiro.

“O meu trabalho termina após o último jogo da seleção, encerra amanhã (ontem)… a primeira etapa que combinamos, após isso eu apresento meu relatório e aí vamos ver o que vai acontecer, eles (CBF) vão dizer o que está certo e que está errado dentro do meu trabalho”, disse o treinador em entrevista coletiva.

Felipão defendeu que em um ano e meio “tivemos uma série de situações muito boas e não é por uma fatalidade e um desastre” que sua segunda passagem pela seleção deveria ficar marcada.

Campeão mundial com o Brasil em 2002, o técnico foi chamado para a seleção novamente durante um período ruim da equipe, após a derrota nas quartas de final da Copa América de 2011 e da perda do título olímpico para o México em Londres-2012.

Logo depois de assumir, a seleção conquistou o título da Copa das Confederações com autoridade, com cinco vitórias, incluindo os 3 x 0 sobre a Espanha na final, e, segundo ele, o desempenho mostrado no torneio e o fato de jogar em casa justificavam seu otimismo para o Mundial.

“Eu tinha um grupo da Copa das Confederações que ganhou e foi muito bem. Tenho que passar mensagem de otimismo ao nosso torcedor. No final podemos estar mal pelo resultado (da semifinal), mas chegar entre os quatro não é o fim do mundo, como algumas pessoas estão apregoando”, declarou Felipão.

O treinador considera que o Brasil teve uma “pane” durante o jogo de terça-feira contra a Alemanha, apesar de o time ter tido dificuldades durante todo o torneio, mesmo quando seu astro, o atacante Neymar, ainda estava em campo. Neymar não jogou a semifinal por causa de uma fratura em uma vértebra.

“Não vejo (o trabalho) como negativo a não ser pelo resultado que foi catastrófico, não tenho nada para acrescentar neste sentido. Quero que vocês pensem se é ruim uma derrota em jogo oficial”, disse ele, admitindo, no entanto, que a imagem da equipe fica “arranhada” pela goleada e que será uma situação “difícil para o resto de nossas vidas”.

“Tivemos chances de fazer 2 ou 3 gols no começo do segundo tempo que poderiam ter amenizado a derrota. Não temos que nos envergonhar de nada, temos que ver as coisas boas. A derrota aconteceu para uma equipe que foi melhor qualificada.”

Segundo Felipão, sua vida mudou por completo nos últimos 45 dias de preparação do Brasil para a Copa.

“Não posso sair da mesma forma que entrei, tantas coisas que vivi nesses 45 dias que estão acrescentadas na minha vida, para melhor e para pior”, disse ele, destacando que a primeira coisa que vai fazer quando a seleção encerrar sua campanha no Mundial será “pagar as contas”.

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