Grupo Preto no Branco faz duas apresentações em São Carlos
A companhia de teatro Preto no Branco tem registrado participação em diversos festivais de teatro na região e nesta semana faz duas apresentações do espetáculo “Ao revés do papel” em São Carlos, nesta quarta-feira, 20, às 9h, na Praça do Mercado e outra amanhã, 21, às 20h, na escola Jesuíno de Arruda, como atividade externa da comemoração de aniversário da Oficina Cultual Sergio Buarque de Holanda, a qual apóia o grupo em seus projetos e ensaios.
De acordo com Bruno Garbuio, membro da companhia, apresentar essas duas vezes aqui em São Carlos será muito bom, não somente por ser cidade natal do grupo, mas por serem dois eventos muito especiais. “A primeira é o encerramento de um projeto de extensão da UFSCar chamado Direitos Humanos para a Diversidade. Com o pessoal deste projeto tivemos o imenso prazer de, no decorrer do ano, trabalhar com eles, ir até o Creas, Caps desenvolver atividade e apresentações”, conta, ao ressaltar que a apresentação na instituição de ensino também é de grande importância para o grupo. “Temos dois integrantes do grupo que estudaram lá a vida toda. Nós temos um carinho muito grande por aquela escola, tentamos no ano passado desenvolver uma atividade do grupo lá dentro, fomos muito bem acolhidos, mas não conseguimos dar continuidade. Voltar, mesmo que com a apresentação do Ao revés do papel, já é rico demais. Vai ser muito bacana para todos nós”, garante.
ESPETÁCULO
O espetáculo é fruto de um projeto da companhia chamado Nozeróis, é baseado na trajetória do herói e tem influências de diversos autores teatrais, filósofos, mitólogos, intervenções teatrais, universo caipira, tragédias gregas, heróis do senso comum, contos populares da cidade e muitos outros. A apresentação conta a história de uma personagem do texto “Romaria” de Miroel Silveira e da Mulher que Dançou com o Diabo, um “causo” da cidade de São Carlos. Tudo isso concebido com provocações do texto “Os cegos” de Ghelderode. O grupo objetiva que o jogo cênico – norteador de todo o processo da montagem e visível na encenação – transponha-se entre palco e platéia, revelando nas entrelinhas do espetáculo, não só a si, mas todo o projeto Nozeróis que culminou com a criação do Ao Revés do Papel. Além disso, tanto quanto os personagens andarilhos, os atores vêm ao palco com o mínimo de adereços para buscar o máximo de sentidos.
