Holanda vai jogar para ganhar e não para impressionar, diz Sneijder
O meia holandês Wesley Sneijder disse aos apreciadores holandeses do futebol arte que esqueçam do jogo bonito da seleção na Copa do Mundo, porque ele não quer ir embora ainda.
O contínuo debate sobre a equipe ter abandonado sua filosofia de futebol e ter empregado um estilo mais feito de pressão e contra-ataque ainda divide a opinião holandesa –mesmo após o time ter marcado 12 gols em quatro vitórias no torneio e conquistar a vaga para as quartas de final.
“Por que nós deveríamos exagerar para que sejamos elogiados por jogar bom futebol e tentar demais? Você preferiria que estivéssemos em um avião voltando para casa? Eu prefiro escolher a melhor opção”, disse a repórteres enquanto os holandeses se preparavam para deixar sua concentração para ir a Salvador, onde enfrentarão a Costa Rica nas quartas, sábado.
Sneijder provou-se um pronto adepto da insistência do técnico Louis van Gaal de a Holanda jogar três zagueiros, dois laterais, três meias e dois atacantes, mantendo uma acirrada defesa e esperando apanhar o oponente com ataques rápidos.
Isso foi a base do dinâmico começo dos holandeses no Brasil, quando bateram os atuais campeões, a Espanha, por 5 x 1 em Salvador.
Van Gaal decidiu sobre isso antes da Copa, após Kevin Strootman ter desfalcado a equipe por uma lesão, e com o técnico acreditando, então, que não haveria muito equilíbrio no meio de campo.
“Se ouvirmos todos aqueles que dizem que devemos ser o time que tem 70 por cento da posse de bola, então podemos muito bem fazer as malas e ir para casa”, acrescentou o jogador.
“Devemos ser realistas: nós não temos o meio de campo necessário para ter muita posse de bola”, disse.
“Por quatro anos perdemos a chance de vencer a Copa do Mundo e, falando honestamente, também não jogamos muito bem lá”, disse ele sobre o desempenho na Copa da África do Sul, em 2010.
“Se nos tornarmos campeões mundiais, e devemos acreditar que podemos, ninguém vai se lembrar como jogamos feio. No torneio da Euro-2008, nós fizemos jogos ótimos contra Itália e França, e tentamos o mesmo contra a Rússia, e fomos para casa.”