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Ivo Herzog traça panorama da ditadura USP São Carlos

09/04/2014 20h56 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Ivo Herzog traça panorama da ditadura USP São Carlos

O Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (Caaso) da USP realiza nesta quinta-feira, 10, o projeto ‘Memórias da Resistência’ com a palestra de Ivo Herzog que traça um panorama da prisão e morte de seu pai Vladimir Herzog em 1975 pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) durante a ditadura militar, que havia tomado o poder do Brasil em 1964.

 

O evento exibe também o documentário “Memórias da Resistência” de Marco Escrivão que narra a história de documentos do Dops encontrado por um trabalhador do corte da cana em uma casa de fazenda abandonada no interior do Estado de São Paulo. A programação tem início ás 19 horas no anfiteatro Jorge Caron, no Campus 1 da USP. A entrada é gratuita e não há necessidade de inscrição.

Ivo Herzog em entrevista ao Primeira Página na tarde de ontem (9) disse que a palestra propõe explicar porque o caso Herzog se tornou tão emblemático durante o golpe militar. “Levo aos estudantes fatos como o culto ecumênico na Catedral da Sé, em 31 de outubro de 1975, com a presença de oito mil pessoas, a maior manifestação pública ocorrida desde o Ato Institucional AI 5, as versões contraditórias que do suicídio versos morte pela tortura e a lei da anistia”, relacionou.

Segundo Ivo Herzog, a palestra contextualiza o Golpe Militar de 1964 nos dias de hoje. “Tento traçar um paralelo da ditadura com a violência urbana vivida atualmente no País. A intensão é trazer os estudantes para uma reflexão política sobre o nosso momento”.

Segundo ele, com as inúmeras palestras que tem feito no Brasil – ele acabou de chegar de Belém, no Piauí – a demanda de conhecimento da juventude é “enorme”. “Essa nova geração quer conhecer os fatos e a história do Golpe Militar. Nas palestrar tenho encontrado pessoas que viveram sob a repressão militar e que dão seu depoimento, o que ajuda a ilustrar aquele momento”, completou.

 

ATO

Vladimir Herzog, Vlado, como era chamado, foi preso e assassinado em 1975 pelo Dops da ditadura militar que havia tomado o poder do Brasil em 1964. Este evento se soma aos diversos atos e manifestações por memória, verdade e resistência, que se intensificaram ao completarem 50 anos do golpe de estado que impôs este regime ditatorial ao País.

Na ocasião ocorrerá também a primeira exibição em São Carlos do documentário “Memórias da Resistência”. O filme de Marco Escrivão conta a história de documentos do Dops encontrado por um trabalhador do corte da cana em uma casa de fazenda abandonada no interior do Estado de São Paulo. O documentário vai ser exibido após a palestra também no Anfiteatro Jorge Caron, na USP São Carlo.

O “Memórias da Resistência” conta algumas das histórias que estavam esquecidas em meio as 110 fichas de perseguidos políticos e um Manual de Subversão e Contra-subversão encontrados no interior do estado. A partir desse material, de pesquisas em arquivos públicos e de entrevistas com pessoas que viveram o Golpe de 64, o filme constrói um panorama histórico do Regime Militar brasileiro.

 

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