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Ministério integra grupo de trabalho do Programa Rotas Negras

Iniciativa busca promover roteiros turísticos relacionados à cultura afro-brasileira

26/02/2024 07h26 - Atualizado há 5 meses Publicado por: Redação
Ministério integra grupo de trabalho do Programa Rotas Negras

O Ministério da Cultura (MinC) e as entidades vinculadas Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Fundação Cultural Palmares (FCP) irão compor o Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI), coordenado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR), que vai contribuir para a construção do Programa Rotas Negras – o projeto de desenvolvimento turístico busca promover a igualdade racial e valorizar a história, a memória e a cultura afro-brasileira por meio da criação de roteiros turísticos envolvendo os entes federados ligados ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) e Mapa do Turismo.

Também integram o Grupo os ministérios do Turismo, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, dos Direitos Humanos e da Cidadania, e do Trabalho e Emprego, além da Embratur e, posteriormente, outros órgãos que poderão colaborar para a criação do Programa.

Para o secretário-Executivo do MinC, Márcio Tavares, o GTI destaca a importância da transversalidade das políticas públicas. “Mais uma vez, o Ministério da Cultura amplia esse diálogo com outras pastas para uma pauta fundamental que é o legado da cultura afro-brasileira. Essa parceria entre os ministérios reconhece e celebra essa cultura, colaborando para o desenvolvimento turístico e para a promoção da igualdade racial”.

O objetivo do Rotas Negras é fomentar o turismo relativo à cultura negra, a promoção de políticas de igualdade racial; o desenvolvimento econômico, com geração de renda e empregos; e a ampliação das noções do turismo brasileiro e de suas modalidades. Busca ainda aumentar a oferta de serviços turísticos no país, de forma que sejam direcionados a partir das experiências do povo negro.

“O turismo é uma estratégia poderosa para promover a igualdade racial. Reconhecemos que o estado brasileiro, por meio do Sinapir e do Mapa do Turismo, tem o objetivo de conceder poder econômico à comunidade negra, gerando mais oportunidades de emprego e renda por meio do turismo e fomentar essa área entre as populações negras”, afirma a secretária de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial do MIR, Iêda Leal.

Patrimônio

As rotas turísticas são uma oportunidade de divulgar o patrimônio histórico, cultural e artístico das comunidades negras em diversas regiões do Brasil, incluindo comunidades de terreiro, quilombolas, quadras de escola de samba e pontos de história e memória da população negra do Brasil.

A população negra representa 55,5% dos brasileiros, seguindo dados do IBGE/2023. Essa parcela, no entanto, ainda é sub-representada no setor turístico.

O Programa terá conexão com o afroturismo, segmento que busca visibilizar, enaltecer e potencializar os patrimônios culturais, memoriais e tradicionais da população negra na formação e no desenvolvimento do estado brasileiro, promovendo e reconhecendo a diversidade cultural do país.
“A participação do Iphan no GTI do Rotas Negras é uma grande oportunidade para o fortalecimento da dimensão econômica, com foco na geração de emprego e renda, do patrimônio cultural de matriz africana, que tem como uma de suas características a integração orgânica entre os elementos simbólicos e materiais de suas expressões culturais. Esta integração proporciona uma experiência que amplia o repertório cultural de quem visita ou se relaciona com comunidades de matriz africana, em relação à paisagem, aos saberes, às celebrações, aos modos de fazer e às formas de ocupação dos territórios”, comenta a coordenadora do Comitê Permanente para Preservação do Patrimônio Cultural de Matriz Africana (Copmaf) do Iphan, Bruna da Silva Ferreira. E completa: “Com uma experiência relevante no relacionamento com detentores e detentoras desses bens culturais, o Iphan espera contribuir na construção de uma política que dê protagonismo às necessidades e potencialidades das comunidades que foram e são as principais responsáveis por preservar o legado, a memória e o patrimônio cultural do povo negro através da história brasileira”.

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