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Mutirão de voluntários recupera a “Maria Fumaça 821”

03/10/2013 21h52 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Mutirão de voluntários recupera a “Maria Fumaça 821”

Em 1960, São Carlos recebeu a Maria Fumaça da Companhia Paulista e em 1971 ela foi instalada na Praça Brasil, onde permaneceu por 40 anos. Ao longo de tantos anos de exposição, sem devida proteção, a locomotiva teve muitos componentes destruídos por vândalos ou furtados. Em 2012 a Fundação Pró-Memória a levou para a Estação Cultura e iniciou, neste ano, o trabalho de recuperação e pintura estética da máquina. Para o trabalho, que deve ficar pronto ainda neste semestre, a Fundação Pró-Memória contou com a ajuda de voluntários e amantes das locomotivas.

 

De acordo com Luis Carlos Triques, diretor presidente da Fundação Pró-Memória, esse trabalho busca resgatar a história, preservando o patrimônio ferroviário da cidade, além de possibilitar novas atividades para explorar o tema como o espaço em que ela está inserida. “O interessante é que essa recuperação é feita por voluntários, nós oferecemos todo o material, mas a mão de obra é completamente voluntária. Cada um que se propôs a ajudar tem a consciência da importância desse processo”.

Shirley Roza Manzione Grosso, diretora administrativa, conta que a ideia de recuperar a locomotiva vem desde 2012, mas a contratação de uma empresa para efetuar as intervenções teria um preço muito alto, foi quando buscaram as parcerias. Uma das primeiras foi Geraldo Godoy, assessor de Relações Públicas da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), juntamente com o pesquisador ferroviário Alberto Henrique Del Bianco, e os fotógrafos Hélia Maria Monzoni Prestes e Vanderlei Antônio Zago. “Eles nos ofereceram um manual para que fosse feita a pintura da Maria Fumaça de maneira correta, com suas cores originais, as quais foram muito difíceis de encontrar. Essas cores não existem no mercado, uma empresa de tinta mandou um técnico para fazer as misturas até chegar à cor original”.

A Associação São-Carlense de Ferreomodelismo, funcionários da Engemasa Engenharia, Madeireira Expansão e Lima, funcionário do Pró-Memória também participam da recuperação como voluntários. “O pessoal do Ferreomodelismo, como eles amam locomotivas, se propuseram a ajudar. Eles vêm à Estação Cultura aos finais de semana e fazem a pintura de acordo com o original. Antes da pintura propriamente dita, algumas intervenções foram realizadas na locomotiva por um grupo de voluntários da empresa Engemasa. Depois de pronta iremos cercá-la com uma grade e fazer uma cobertura para que a pintura e a própria locomotiva fiquem protegidas”.

 

Futuro da locomotiva

Um objetivo futuro é colocar a Maria Fumaça 821 em atividade. Kellen Cristina Braghim de Moraes, diretora do departamento de Planejamento e Finanças da Fundação Pró-Memória, afirma que são valores muito altos para a execução desse projeto, algo em torno de R$ 600 mil apenas para restaurá-la e fazer com que volte a funcionar. “Sem contar que existe um projeto para que ela possa servir para o turismo local, o que é orçado em torno de R$ 5 milhões”, comenta. “Existe a intenção de tirar o projeto do papel, vamos iniciar um novo estudo, mas temos a intenção de que isso se realize”, complementa.

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