Urze e Faces Ocultas se apresentam juntas na UFSCar
Pesquisa, dramaturgia, processos de criação e processos colaborativos são os elementos que ajudam a definir a Urze Companhia de Dança. Criada em 2006 pelo diretor e coreógrafo Francisco Silva, a Urze traça seu percurso por meio de uma linha contemporânea de arte que produz conhecimento ancorada na reflexão dos elementos que a configuram. Atualmente, Francisco dirige a companhia, que é também parte de um Projeto de Extensão em Dança Contemporânea da Universidade Federal de São Carlos.
Com quase 20 espetáculos no currículo, Francisco e a Urze estreiam seu novo espetáculo nos dias 22, 23 e 24 de novembro, às 20 horas, no Teatro Florestan Fernandes, na UFSCar. Sua preocupação em descrever as imagens da própria lembrança levou o coreógrafo a falar sobre o tempo, o espaço e o movimento a partir do olhar. Nesse espetáculo, portanto, o coreógrafo se debruça sobre as diferentes formas desse olhar, as saudades e no eu refletido na visão do outro. Tendo as memórias de imagens como testemunha, várias ações e reações desses olhares se traduzem em sentimentos: um olhar para o infinito, desfocado, por onde a alma vislumbra o horizonte e registra todo o sentimento e a passagem do tempo.
No programa, além da apresentação da Urze, haverá a participação especial da Faces Ocultas Companhia de Dança, fundada pelo diretor e coreógrafo Arílton Assunção, de Salto, Estado de São Paulo.
Arílton Assunção cria coreografias para a Urze desde a sua fundação, além de anualmente dar oficinas e aulas para a companhia. Desde então, a Urze mantém em seu repertório obras do coreógrafo que habitualmente retorna a São Carlos para fazer revisões e manutenção, sendo inclusive coreógrafo associado. Produto dessa parceria, Arílton remontou a obra coreográfica “Homens de Papel”, premiada duplamente, tanto com a Faces Ocultas quanto com a Urze. Para o espetáculo de novembro, Arílton apresenta o trabalho “Pedras”, que traz o masculino na dança.