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Agosto registra 338 novos postos de trabalho em São Carlos

22/09/2012 12h30 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Agosto registra 338 novos postos de trabalho em São Carlos

O mês de agosto trouxe 338 novas contratações – saldo positivo de 0,47% – e mostra que a economia de São Carlos reage aos índices negativos registrados em maio e junho de 2012.  Nos oito meses do ano foram 1.151 contratações a mais que demissões (1,63%) e nos últimos 12 meses foram gerados 1.600 novos empregos, que equivale ao saldo 2,28%. Dados revelados ontem pelo Ministério do Trabalho através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

 

Entre os oito setores da economia de São Carlos, apenas a agropecuária mostrou desempenho negativo com mais demissões que contratações. Foram 64 postos de trabalho extintos que geraram o salto de – 2,36%. Os segmentos do Comércio e Serviço juntos criaram 318 postos de trabalho e lideraram o ranking. Já a Indústria e os Serviços Públicos juntos criaram 50 novos postos.

Comparados os números de contratações feitas nos dois últimos meses, agosto criou quase 20 vezes mais postos de trabalho que os gerados em julho. Os números mostram que o crescimento de um mês para o outro indica crescimento de 94,97%. Além de registrar um total de 64,49% maior de contratações do que agosto de 2011. Na avaliação do economista Reginaldo Soares, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), os dados do Caged mostram que o terceiro setor ligado ao comércio e ao serviço alavancaram as contratações.

“Países com economia emergente como o Brasil têm o reflexo do consumo da sociedade no varejo e serviços. A indústria acaba sofrendo com a importação o que provoca a demissão. Se comparados os números do comércio com a indústria, encontra-se ali um disparate. Quem produziu todos esses produtos que estão sendo consumidos? A resposta está na importação, principalmente, dos países asiáticos que despejam sua produção no comércio brasileiro. Isso tende a matar a indústria nacional”, revelou.

 

INDÚSTRIA – Particularizando o setor industrial, em agosto ocorreu uma recuperação no nível de contratação. Mas no acumulado do ano, o saldo é negativo com 567 (-2,76%) demissões a mais que contratações. Nos últimos 12 meses o quadro é ainda pior com o fechamento de 743 postos de trabalho no setor que equivalem a -3,58% da capacidade da indústria de gerar trabalho. De janeiro a agosto foram quatro meses com saldo negativo e quatro com saldo positivo, mas as demissões superaram as contratações.

Para o diretor regional do Ciesp em São Carlos, Ubiraci Moreno Pires Corrêa, a tendência é que até o final do ano só haja demissões na indústria. Ele afirmou que as medidas de desoneração fiscal, que na verdade reduz os impostos das indústrias através da carga tributária e dos encargos trabalhistas, ainda não tiveram reflexo no chão de fábrica.

“As medidas adotadas pelo governo federal só entraram em vigor em agosto e o impacto deve ocorrer nas contas de setembro. Mais uma vez o governo estipula prazos longos de aplicação para a modernização da economia brasileira que está ladeira abaixo, sem competitividade no mercado internacional”, disse, ao afirmar inda que essas medidas isoladas não trazem reflexos imediatos para a indústria.

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