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Atividade econômica inicia 3º tri com queda menor que o esperado

13/09/2013 19h24 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Atividade econômica inicia 3º tri com queda menor que o esperado

A atividade econômica brasileira iniciou o terceiro trimestre com contração, porém menor do que o esperado, o que pode indicar que ainda há algum fôlego para evitar uma desaceleração no período tão acentuada como esperado.

 

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central -considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) – registrou em julho queda de 0,33 ante o mês anterior.

O resultado ficou bem pior do que a alta mensal vista em junho, quando o IBC-Br apontou crescimento de 1,03 por cento, número revisado ante avanço de 1,13 por cento divulgado anteriormente.

Mas foi melhor até mesmo do que a projeção mais otimista em pesquisa da Reuters, de queda de 0,40 por cento. A mediana de 21 estimativas mostrava expectativa de queda mensal de 0,90 por cento em julho, com a previsão mais pessimista esperando queda de 1,40 por cento.

“(O IBC-Br de julho) mostra que não estamos perdendo fôlego tão rápido quanto se imaginava, e que a desaceleração vai ser muito mais suave do que toda a intensidade que se esperava”, avaliou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

No segundo trimestre, o PIB registrou o maior crescimento em mais de três anos ao expandir 1,5 por cento na comparação com os três primeiros meses do ano.

O IBC-Br cresceu 2,60 por cento na comparação com julho de 2012 e acumula em 12 meses avanço de 2,30 por cento, ainda segundo os dados dessazonalizados do BC.

 

INDÚSTRIA

A fraqueza do IBC-Br reflete principalmente a gangorra registrada pela indústria neste ano, sem conseguir engatar uma recuperação vigorosa. Em julho, a produção industrial brasileira recuou 2 por cento ante o mês anterior, pressionada principalmente por bens de capital.

Mas o que evitou uma queda maior foi o surpreendente aumento mensal de 1,9 por cento das vendas no varejo em julho, impulsionadas por móveis e eletrodomésticos e pelo alívio da inflação para as compras em supermercados.

Para Agostini, ainda é prematuro revisar a projeção para o PIB neste ano por se tratarem de dados de apenas um mês do segundo semestre.

Ele destaca que os últimos meses do ano ainda devem ver os efeitos da política monetária restritiva, da política fiscal menos expansionista e da falta de confiança, mantendo sua expectativa de expansão do PIB de 0,3 por cento no terceiro trimestre sobre o trimestre anterior e de 2,1 por cento no ano.

Entretanto, para a Rosenberg & Associados, o número do IBC-Br “cria um viés de alta para nossa expectativa de alta de 2,3 por cento do PIB neste ano.”

 

Pesquisa Focus do Banco Central mostra que a expectativa do mercado é que o PIB registre expansão de 2,35 por cento neste ano.

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