Banco do Brasil prevê R$ 8,9 bilhões para safra
O superintendente interino da regional do Banco do Brasil, em São Carlos, Adriano Sonntag Maia, mostrou nesta terça-feira, 24, o volume de investimento da instituição no crédito para a agricultura que, na análise do departamento de estatística, revelou ser 15% maior que o liberado na safra 2011/2012. Para o próximo biênio, o valor a ser desembolsado pelo banco prevê alcançar a marca de R$ 8,9 bilhões. (Veja gráfico ao lado).
Na safra 2011/2012, que se encerrou no último dia 30, o volume desembolsado pelo BB cresceu 28%, se comparado à safra 2010/2011. A participação do estado ante o investimento feito no País, segundo dados da instituição financeira foi maior em 5 pontos percentuais. Enquanto o Brasil recebeu investimento de 23% do banco, o estado chegou a 28%.
De acordo com o superintendente, o setor agrícola vem sofrendo mudanças na última década com a inclusão da mecanização no processo da colheita. Isso tem gerado uma mudança na mão-de-obra que se torna mais especializada.
“Dentro da perspectiva de modernização, o banco também tem trazido a ampliação da linha de crédito e a redução de juros. Assim esperamos que o agricultor faça novos investimentos para aumentar a produção”, afirmou.
Sonntag Maia disse ainda que a expectativa com os investimentos no estado atinja um nível que represente pelo menos 25% do que é desembolsado para o País no setor agrícola. ”Eu estimo que o estado de São Paulo deva atingir, pelo menos, um quarto de tudo que o BB investe no Brasil dentro desse setor da economia”, ressaltou.
Do total de R$ 55 bilhões que o BB irá disponibilizar na safra 2012/2013, R$ 10,2 bilhões serão destinados aos produtores rurais do estado de São Paulo, sendo R$ 760 milhões para a agricultura familiar e R$ 9,4 bilhões para os agricultores empresariais e cooperativas rurais.
Reunidos no 5º andar da regional do Banco do Brasil em São Carlos, perto de 60 agricultores ouviram detalhadamente, os investimentos da instituição. “Convidamos não só os clientes do setor agrícola, como outros produtores da região para que tenham informações concretas sobre a linha de crédito e a redução de juros que o BB esta propondo ao agricultor”, disse Sonntag Maia.
Serão R$ 8,2 bilhões para linhas voltadas para o custeio e comercialização e R$ 2 bilhões para investimento. Essa elevação de recursos acompanha o crescimento de mercado de agronegócio e o desempenho do Banco do Brasil no estado.
Foram destaques no período as linhas de investimento e Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que tiveram um crescimento de 72% e 73%, respectivamente, a Aquisição Antecipada de Insumos, com 41% e o Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono que alcançou o maior desembolso do País, com R$ 294 milhões.
No Estado, as operações com as cooperativas rurais apresentaram uma evolução de 54%, alcançando R$ 1,6 bilhão e na agricultura familiar foi de 11% – destaque para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Alimentos), que desembolsou R$ 206 milhões.
