Bovespa cai com temores de desaceleração na China
A bolsa brasileira registrou queda no pregão desta terça-feira, 20, influenciada por novas declarações sobre a desaceleração do crescimento econômico da China e a redução da demanda do país por minério de ferro, o que prejudicou as ações da Vale.
O Ibovespa caiu 0,64%, a 67.295 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5.61 bilhões de reais.
Em Nova York, o índice Dow Jones caiu 0,52%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,3 por cento.
“O mercado está sem definição. O que aconteceu foi uma realização com as notícias lá de fora, de que a demanda (da China) por minério de ferro será menor”, afirmou o sócio-diretor da Título Corretora, Marcio Cardoso.
Ainda assim, ele ressaltou que a desaceleração do crescimento econômico da China não é novidade para o mercado. “Antes era a Grécia, mas como resolveu essa situação, agora o mercado precisa de algo para movimentar.”
A BHP Billiton sinalizou nesta terça-feira que a demanda da China por minério de ferro está diminuindo, o que despertou as preocupações dos investidores.
No Ibovespa, as ações da Vale foram as mais impactadas por essas notícias. “A Vale está carregando a cruz com a China de um lado e os impostos de outro”, disse Cardoso, lembrando das cobranças “indevidas” de impostos que a mineradora contesta na justiça.
A ação preferencial da empresa caiu 0,83%, a 41,60 reais, enquanto a ordinária caiu 1,53%, a 42,61 reais.
MMX também recuou, em 1,68%, a 9,35 reais. No setor de siderurgia, Gerdau teve queda de 2,19%, a 18,73 reais.
Entre as petrolíferas, a preferencial da Petrobras caiu 0,45%, a 24,27 reais, enquanto a OGX teve queda de 1,16%, a 17,02 reais.
Na outra ponta, o destaque foi o setor de construção, com a ação da Cyrela fechando em alta de 3,34%, a 18,27 reais, MRV com ganhos de 2,87%, a 14,36 reais, e PDG Realty em alta de 1,31%, a 6,98 reais.