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Colômbia quer dobrar produção de etanol

23/03/2012 19h49 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Colômbia quer dobrar produção de etanol

A produção de etanol da Colômbia está no caminho para quase dobrar até 2014, enquanto o país busca atender a crescente demanda doméstica de combustível, limitando as importações de energia cara, disse o presidente da associação de biocombustíveis da Colômbia em entrevista.

 

O país andino tem estimulado projetos de etanol para reduzir sua conta de importação, enquanto cria empregos nas áreas rurais repletas de produção de coca, ajudando a torná-lo o segundo maior produtor de etanol da América Latina – embora a produção ainda seja uma fração da existente no Brasil.

Três novos projetos em desenvolvimento irão aumentar a produção de etanol em 1,05 bilhão de litros por ano, para atingir 2,2 bilhões de litros por ano em 2014, disse Jorge Bendeck, presidente-executivo da FedeBiocombustibles.

“Se não tivermos um combustível alternativo para diversificar a nossa fonte de energia líquida, estamos destinados a importar combustíveis caros”, disse ele. “Os biocombustíveis são o colchão que nos protege de um futuro incerto.”

O aumento da produção poderá fornecer combustível adicional equivalente para cerca de um quarto das importações de combustível de 2011, pela empresa estatal de petróleo Ecopetrol.

A Colômbia produz etanol quase inteiramente a partir da cana-de-açúcar, e também produz biodiesel de óleo de palma.

O impulso do país em biocombustíveis é em parte destinado a ajudar a substituir o cultivo de coca, principal ingrediente da cocaína, com cultivos legais. Apoiadores dizem que o esforço criou negócios legítimos em áreas antes dominadas por guerrilheiros de esquerda e paramilitares de direita envolvidos no tráfico de drogas.

“Ter a terra sob cultivo é a melhor garantia de paz naquela área”, disse Bendeck.

O aumento da produção de biocombustíveis vai ser possível sem a derrubada florestas ou deverá tomar terras já utilizadas para a produção de alimentos, acrescentou ele.

“Há 43 milhões de hectares sendo utilizados para pecuária, isso poderia ser reduzido pela metade, aumentando o número de bovinos por hectare”, disse ele.

 

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