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Como escapar do reajuste dos remédios

09/02/2013 17h58 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Como escapar do reajuste dos remédios

Assim como ocorre todos os anos, no próximo dia 31 de março deve ocorrer a alteração no valor de alguns medicamentos. O último reajuste no preço dos remédios, autorizado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos em março de 2012), foi de até 5,85%.

 

De acordo com o educador financeiro, Jonatas Rodrigues da Silva, o reajuste é calculado com base na inflação aferida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e leva em conta o chamado fator X calculado pela CMED. O fator X é um cálculo de ganho de produtividade da indústria de medicamentos.

“O aumento do combustível provoca um efeito cascata em toda a economia, pois aumenta os custos logísticos. Algumas empresas sofrem um efeito direto (uma empresa de transporte ou um taxista, por exemplo) e noutras o efeito é menos latente. Ainda existe o efeito manada: se um setor aumentou o preço, todos os demais se sentem no direito de fazer o mesmo”, analisa.

Jônatas afirma os ajustes são anuais, assim como os salários. “Sendo assim, o consumidor deve ter em mente que sempre que ele tem um aumento de salário os demais produtos e serviços também serão reajustados. Ele deve esperar um aumento anual lastreado no IPCA que é o índice oficial do governo para medir a inflação. Em 2012 o IPCA foi de 5,84%”.

 

COMO ECONOMIZAR – Como parte do orçamento de muitas famílias brasileiras é comprometida neste segmento, o melhor a fazer é economizar. O aparecimento de doenças não é previsível e às vezes pode ser um gasto a mais. O educador financeiro comenta que algumas atitudes podem ajudar a não ter muitos problemas nesta hora. “Todos ficamos doentes, isto é fato. Como educador financeiro, defendo uma reserva para emergências, ou seja, um valor deve ser reservado em caderneta de poupança para cobrir gastos emergenciais. Agora, os gastos com remédios regulares precisam constar no orçamento mensal. O que não pode ser previsível são gastos por algum acidente, estes são cobertos pela reserva financeira. Gastos normais: gripe, dor de cabeça, pressão, colesterol são corriqueiros e previsíveis. Outra boa recomendação é a realização de uma atividade física regular, manter o peso, evitar açúcar e gordura, estes bons hábitos economizam dinheiro por manter a saúde em dia”.

Outra dica importante apontada por Jônatas é manter uma planilha para o controle de receitas e despesas. “Dessa forma se controla melhor o fluxo do dinheiro e ainda se tem um histórico dos gastos, podendo, no futuro, prever o quanto será gasto em cada grupo do orçamento (moradia, alimentação, saúde, etc)”. 

 

NA FARMÁCIA – Carolina Antoneli, farmacêutica responsável e sócia-proprietária de uma rede de farmácia em São Carlos, afirma que uma das saídas para conseguir economizar é efetuar a compra de remédios de uso contínuo em maior quantidade antes da alteração do preço. No entanto, ela diz que isso não ocorre com frequência em seu estabelecimento. “Geralmente as pessoas não se preocupam em comprar antes do reajuste, nunca tivemos um aumento de movimento direcionado para esse fator. É costume do brasileiro deixar para a última hora”.

A outra sócia-proprietária da mesma rede, Silmara Placeres Fuzi, complementa ao dizer que o governo autoriza esse aumento, sendo essa é a única vez que acontece o reajuste no ano. No entanto, os preços podem mudar durante o ano devido aos descontos repassados pelos próprios laboratórios a determinados medicamentos.  “O ideal é que o consumidor realmente faça a compra antes da alteração do preço, se tiver condições. Além disso, existe diferença de preço de um laboratório para outro. Às vezes as pessoas querem um medicamento, mas não é somente um laboratório que o produz. Isso gera diferença e por isso o indicado é pesquisar qual é o laboratório que produz o remédio mais em conta”.

Outra opção é o verificar se existe algum programa de subsídio para a doença, como o Farmácia Popular, do governo federal, com o qual é possível conseguir remédios com desconto de até 90%.

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