Confiança da indústria tem 2ª queda seguida
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,8 por cento em abril em relação ao final do mês anterior, ao passar de 105,0 pontos para 104,2 pontos, registrando a segunda queda consecutiva, informou a Fundação Getúlio Vargas nesta terça-feira, 30.
Com isso, o índice fechou abaixo da média histórica recente pela primeira vez desde agosto passado, sinalizando um início morno de segundo trimestre para o setor, destacou a FGV.
Em março, o ICI havia recuado 1,5 por cento.
O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 0,7 por cento, para 103,5 pontos, nível inferior à média histórica. “A permanência do ISA neste patamar sugere insatisfação da indústria em relação ao momento presente”, destacou a FGV.
O indicador que avalia o nível de demanda foi o que mais contribuiu para a queda do ISA, com recuo de 1,3 por cento em abril ante o mês anterior, atingindo 100,3 pontos.
A parcela de empresas que consideram o nível de demanda forte aumentou de 10,9 por cento para 13,5 por cento, enquanto a proporção das que o consideram fraco aumentou de 9,3 por cento para 13,2 por cento.
Já o Índice de Expectativas (IE) caiu 0,9 por cento, para 104,9 pontos. Ainda superior à média, o resultado sinaliza, segundo a FGV, expectativas entre neutras e moderadamente otimistas em relação aos próximos meses.
O destaque para este resultado ficou com o quesito que mede as expectativas para o emprego, com recuo de 2,0 por cento em relação a março, para 110,5 pontos.
A proporção de empresas que esperam aumentar o contingente empregado nos três meses seguintes passou de 22,7 por cento para 22,2 por cento, enquanto a parcela das que preveem diminuição do pessoal ocupado aumentou de 10,0 por cento para 11,7 por cento.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) alcançou 84,2 por cento em abril, ante 84,1 por cento em março, segundo a FGV.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na sexta-feira os dados de março da produção industrial brasileira.
Em fevereiro, a produção do setor teve o pior resultado mensal em pouco mais de quatro anos ao recuar 2,5 por cento, afetada pela queda dos bens de consumo, destacando a fragilidade da recuperação econômica brasileira.
