Confiança do consumidor recua 0,4% em junho
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou 0,4 por cento em junho na comparação com maio, ao passar de 113,4 pontos para 112,9 pontos, menor patamar desde março de 2010, informou a FGV nesta segunda-feira, 24.
Já o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,5 por cento, passando de 122,7 pontos em maio para 120,9 pontos em junho, enquanto o Índice de Expectativas ficou praticamente estável ao passar de 108,3 pontos para 108,4 pontos no período.
O indicador que mede a satisfação dos consumidores com a economia registrou forte queda de 2,6 por cento em junho, ao passar de 85,1 para 82,9 pontos, menor patamar desde setembro de 2009 (81,0). Este foi o quesito que mais influenciou na queda do ICC em junho.
A proporção de consumidores que avaliam a situação atual da economia como boa passou de 18,0 por cento para 17,9 por cento, enquanto a dos que a julgam ruim aumentou de 32,9 por cento para 35,0 por cento.
Por outro lado, o otimismo em relação à situação financeira das famílias nos seis meses seguintes cresceu. A parcela de consumidores projetando melhora aumentou de 38,7 por cento para 39,8 por cento, enquanto a dos que preveem piora passou de 5,0 por cento para 4,4 por cento.
Com a inflação ainda em patamares elevados, o poder de compra do trabalhador tem sido afetado. Em maio, o rendimento médio da população ocupada brasileira recuou pelo terceiro mês seguido, segundo o IBGE.
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou a alta a 0,38 por cento favorecido pelos preços de remédios e alimentos, mas estourou o teto da meta do governo em 12 meses.