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Construção civil tem inflação de 6,11% no ano

04/07/2012 13h05 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Construção civil tem inflação de 6,11% no ano

O custo da construção civil no estado de São Paulo subiu 6,11% no primeiro semestre deste ano. O número, segundo especialistas do setor, mostra o aquecimento do mercado como válvula impulsora que altera o preço do produto final do mercado imobiliário. Os dados são do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Projetos.

 

Na avaliação do dono da Construtora Parintins, José Luiz Martinês, a inflação do período pode afetar a iniciativa do governo federal em estimular o setor imobiliários com a queda dos juros e a extensão do prazo de financiamento para crédito habitacional. (Leia texto nessa página)

“A inflação do período não chega a anular a iniciativa do governo, mas esbarra nessa hipótese. Entretanto o custo da mão de obra foi o que mais empurrou a inflação para cima, como mostra a pesquisa do setor. A mão de obra especializada e qualificada passou a ser o grande gargalo, se o empreendedor não paga bem, fica sem esse profissional que está raro no mercado”, afirmou.

De acordo com o levantamento do sindicato do setor de construção civil, os custos com mão de obra aumentaram 9,07% no período, enquanto os salários dos engenheiros subiram 7,68%. Os custos com materiais de construção avançaram 2,21% no acumulado do ano. O dissídio em maio para a categoria fixou um reajuste de 7,47% para pedreiros, carpinteiros e outros profissionais que compõem o quadro da construção civil, o que explica, em parte, uma inflação de 6,11% no ano para o referido segmento.

Na análise do diretor regional do Sinduscon, em Ribeirão Preto, Eduardo Nogueira, a inflação do setor não coloca em xeque a iniciativa do governo federal em reduzir as taxas de juros do financiamento imobiliário.

“Não acredito que possa refletir nas taxas de financiamento. A alta no Custo Unitário Básico (CUB), que reflete a variação dos custos do setor, foi alavancada pelo aumento nos custos com salários (dissídios anuais) de engenheiros e mão de obra, impulsionado pelos acordos coletivos firmados com sindicatos de trabalhadores em todo o Estado, bem como pelo aquecimento do mercado nos últimos 12 meses”, afirmou ao explicar que a expectativa é de uma acomodação do mercado, o que refletirá nos próximos 12 meses em claro ritmo de baixa.

Ele explica também que o CUB é um índice utilizado em diversos contratos relacionados à construção civil; sua variação tem, sim, impacto no setor, naqueles contratos já assinados alterando o preço final do produto.

Segundo Martinês, os contratos com investidor rezam cláusulas de reajuste, exceto aqueles fechados no qual o custo da inflação fica para o empreendedor da obra. Nesses casos a planilha de projeção do valor final do empreendimento deve se basear nos índices históricos do custo de material e mão de obra do segmento.

No mês de junho, o custo da construção civil registrou alta de 1,73% em relação a maio. De acordo com o Sinduscon, contribuíram para o resultado os aumentos dos custos com a mão de obra (+2,81%) e os salários dos engenheiros (+3,94%). No mesmo período, o custo com materiais de construção subiu 0,16%.

 

Governo corta juros e estende financiamento de imóvel

Os mutuários que pegarem financiamentos habitacionais da Caixa Econômica Federal terão mais cinco anos para quitarem os empréstimos. O banco ampliou o prazo do crédito habitacional de 30 anos para 35.

Os empréstimos serão feitos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que opera com o dinheiro da caderneta de poupança. Para imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), as taxas caíram de 9% para 8,85% ao ano. Para os imóveis fora do SFH, os juros caíram de 10% para 9,9% ao ano. Os financiamentos do SBPE beneficiam apenas os mutuários que ganham mais de R$ 5,4 mil por mês, ou adquirirem imóveis de mais de R$ 170 mil.

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