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Crise na indústria não atinge São Carlos

20/07/2013 15h01 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Crise na indústria não atinge São Carlos

Dados oficiais do Ministério do Trabalho e Emprego do primeiro semestre de 2013 revelam que a crise da indústria na Região Central Paulista não atingiu São Carlos. Os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostra que houve, nos primeiros seis meses deste ano 3.386 contratações na indústria de transformação contra 2.963 demissões. Os dados comprovam que houve um saldo positivo de 423 vagas na comparação entre admissões e desligamentos.

Os dados do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) mostraram esta semana que houve um salto no desemprego no conjunto das demais 12 cidades que fazem parte da região central.

O secretário municipal de Trabalho, Emprego e Renda, Hilário Apolinário de Oliveira, afirma que os números oficiais comprovam que a crise de emprego no setor industrial não vem atingindo São Carlos. “Apesar de todos os problemas econômicos nacionais e internacionais, notamos que a economia de São Carlos não vem sendo muito atingida. Felizmente, em meio à crise, o setor industrial é um dos que têm os números mais positivos do Caged”, ressalta ele.

 

SETOR METALÚRGICO – No setor da indústria metal-mecânica, em 2013 houve um recuo nas homologações de rescisões contratatuais. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região, Erick Silva, afirma que o desemprego vem recuando. “No ano passado houve um crescimento da base metalúrgica de São Carlos da ordem de 3% e o número de homologações foi de 142 por mês, convivendo com uma rotatividade próxima a 15%, o que é muito alto. Já neste ano o número mensal de homologações está na casa de 132/mês, menor  do que no ano passado”.

Segundo Erick, vale destacar que a Tecumseh, por exemplo, encaminhou cerca de 21 trabalhadores para homologações no sindicato no ano passado e em 2013 esse número não passa de 10 ao mês. “A rotatividade é o grande problema em nossa base metalúrgica, que pode refletir muitas posturas patronais para reduzir folha de pagamento, esse valor de cerca de 15% é estável há mais de uma década”.

 

SALÁRIOS EM QUEDA – O sindicalista afirma que existem dados do NIET-IE-Unicamp mostram o quanto equivocada são as avaliações que retratam uma desindustrialização brasileira. “Um dos dados que chamam a atenção é o crescimento do emprego industrial, que mesmo depois da crise de 2008 continuam crescendo.

 

“Do ponto de vista dos salários e de hoje famigerado aumento do custo da mão de obra no Brasil, outro equívoco. Notamos que na mesma pesquisa da Unicamp, são números que diminuem o custo dos salários frente ao valor total do trabalho industrial, ou seja, o percentual destinado ao pagamento de salário na planilha de custo das industrias diminuiu”, enfatiza Erick 

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