Dado forte de emprego nos EUA impulsiona Ibovespa, que renova máximas históricas
A aceleração no número de vagas
de emprego nos Estados Unidos em novembro acima do esperado
potencializou as compras na B3 e elevou o ritmo de queda do dólar
ante o real, mas não influenciou as principais taxas de juros no
mercado futuro. Mesmo depois da divulgação do relatório de emprego
norte-americano, às 10h30 desta sexta-feira, 6, o Ibovespa continuou
renovando máximas, operando acima dos 111 mil pontos, em nova marca
intraday histórica.
Em
novembro, os EUA criaram 266 mil vagas de emprego, o que ficou acima
de outubro (128 mil), e ainda melhor que o teto do intervalo das
expectativas na pesquisa do Projeções Broadcast (128 mil a 215
mil), sugerindo manutenção do juro americano.
A
taxa de desemprego, por sua vez, atingiu 3,5%, ficando no menor nível
em 50 anos. Na CME, o resultado ampliou as expectativas por
manutenção da atual faixa de juros dos Fed funds, entre 1,50% e
1,75%, para a reunião de julho de 2020. Esta é agora a aposta
majoritária.
Às
11h14, o Ibovespa subia 0,70%, aos 111.399,04 pontos, após máxima
histórica intraday aos 111. 429,66 pontos. O dólar em relação ao
real caía 0,22%, a R$ 4, 1784.
No
mercado de renda fixa, as principais taxas seguia em baixa,
acompanhando o dólar. O DI para janeiro de 2023 projetava 5,79%, de
5,85% do ajuste anterior.
Internamente,
em meio à tentativa do governo de privatizar algumas empresas, o
ministro da Economia Paulo Guedes, disse nesta sexta, em evento no
Rio, que a Eletrobras está condenada à morte e que é preciso
investir R$ 16 bilhões ao ano.
As
ações da companhia sobem acima de 1,00%. Guedes ainda disse que o
controle dos gastos públicos está por trás de tudo o que o governo
federal está fazendo. O objetivo, disse, é controlar a expansão
dos gastos e não reduzi-los efetivamente.
Já
o IBGE informou que o item carnes foi o de maior pressão no IPCA em
novembro. O movimento reflete principalmente a peste suína na Ásia,
que elevou as exportações brasileiras.
Pouco
antes do fechamento deste texto, a Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que 7.726 488 suínos
já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação
com a peste suína africana. O número representa um aumento de
66.838 animais em relação ao levantamento anterior da organização,
de 28 de novembro.