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Economia brasileira recua 0,02% em maio

12/07/2012 17h14 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Economia brasileira recua 0,02% em maio

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), voltou a indicar uma leve contração em maio, embora tenha ficado perto da estabilidade.

De acordo com o BC, o indicador recuou 0,02 por cento na comparação com abril com ajuste sazonal, melhor do que a expectativa do mercado. Levantamento da Reuters mostrou que o mercado esperava retração de 0,50 por cento em maio sobre abril. As contas variaram entre queda de 0,90 a 0,20 por cento, segundo a mediana de sete previsões.

Em 12 meses, o avanço no IBC-Br com ajuste sazonal em maio foi de 1,27 por cento e, sem ajuste, de 1,39 por cento. Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta com ajuste sazonal chegou a 0,18 por cento e, sem ajuste sazonal, o IBC-Br registra alta de 1,09 por cento.

O BC revisou ainda para baixo o resultado de abril ante março para uma alta 0,10 por cento, depois de ter informado inicialmente avanço de 0,22 por cento. Já o resultado do primeiro trimestre foi revisado para indicar uma melhora no período, ao passar de 0,49 por cento anteriormente para uma alta de 0,54 por cento.

Para economistas, a estabilidade do indicador em maio pode mostrar uma melhora da atividade a partir do segundo trimestre, como reflexo das medidas de estímulo já feitas pelo governo, o que inclusive limitaria a possibilidade de mais cortes na taxa básica de juros.

“A estabilidade verificada em maio, contrariando os sinais mais negativos vindos do desempenho mais fraco do consumo e do enfraquecimento da indústria no mês, limita, por ora, leituras menos favoráveis para as estimativas do PIB do segundo trimestre”, avaliou por meio de nota o diretor de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, projetando crescimento de 0,5 por cento ante o primeiro trimestre.

O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia -serviços, indústria e agropecuária. A atividade como um todo vem preocupando tanto o governo quanto o mercado, devido à sua dificuldade em deslanchar.

O economista-chefe da SulAmerica Investimentos, Newton Rosa, lembrou que postura do BC estava sendo de observar a evolução da atividade no Brasil, e a indicação do IBC-Br é de possível melhora “pode colocar um limite na queda da Selic no atual ciclo.” Para ele, esse limite seria de 7,5 por cento ao ano.

Como forma de incentivar a economia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu ainda mais na quarta-feira a taxa básica de juros, que já estava em sua mínima histórica de 8,50 por cento ao ano. O corte anunciado na Selic foi de 0,50 ponto percentual, para 8 por cento ao ano.

Foi o oitavo corte seguido feito pelo Copom desde agosto passado, quando começou o processo de afrouxamento monetário. Ao todo, as reduções já somam 4,50 pontos percentuais.

No primeiro trimestre deste ano, o PIB cresceu apenas 0,2 por cento na comparação com os últimos três meses de 2011 e acendeu o sinal de alerta. O mercado já fala em uma expansão da economia neste ano de 2,01 por cento, o que seria o pior resultado desde 2009, quando encolheu 0,33 por cento.

A indústria é o setor que mais preocupa, impedindo uma recuperação mais robusta da economia brasileira. Em maio, a produção do setor caiu 0,9 por cento, enquanto que o emprego recuou 0,3 por cento.

Além disso, na quarta-feira o resultado das vendas no varejo em maio surpreendeu, ao mostrar queda de 0,8 por cento na comparação com abril, pior resultado em três anos e meio.

Devido à recuperação ainda lenta da atividade e ao cenário internacional bastante conturbado, o próprio BC já reduziu sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 3,5 para 2,5 por cento.

Diante disso, o governo vem buscando também adotar outras medidas de estímulo à economia, como benefícios fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras governamentais.

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