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Electrolux projeta 50% da receita nos países emergentes

04/02/2013 21h25 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Electrolux projeta 50% da receita nos países emergentes

Os mercados emergentes devem, nos próximos cinco anos, gerar mais de 50% da receita do Grupo Electrolux. Este objetivo foi traçado pelo presidente mundial da Electrolux, o norte-americano Keith McLoughlin. Há cinco anos, essa fatia dos emergentes, incluído o Brasil, era de 15%. Hoje é de 35%.

 

A estratégia da fabricante sueca de geladeiras, lavadoras de roupa e fogões – a segunda maior do mundo, depois da americana Whirlpool – é investir na estratégia que combina design, inovação e marketing, em detrimento do modelo industrial tradicional. “Nosso crescimento será sustentado, cada vez mais, por produtos premium, inovações para a classe média, serviços especiais para consumidores e expansão dos nossos canais de venda”, disse McLoughlin, por telefone, de Estocolmo.

Na Electrolux, McLoughlin contratou um trio de executivos estrangeiros que ele chama de “triângulo da inovação”: um alemão, que cuida da tecnologia alemão, um americano para o marketing e um italiano, no design. A busca por objetos mais bonitos e atraentes dá emprego a uma equipe de 250 pessoas espalhadas em seis centros de design. O número total de empregados no mundo é de 58 mil. No Brasil são 8,5 mil.

“A marca é uma combinação de valores como contemporaneidade, humanismo, inovação e emoção. Queremos fazer produtos que tenham sentido único para o consumidor [adequados às necessidades dos mercados]”, disse ele em entrevista ao Valor Econômico.

O plano parece estar dando certo. Segundo balanço divulgado sexta-feira, o lucro e as vendas cresceram no quarto trimestre, embora tenham ficado abaixo do esperado pelos analistas. Mas o crescimento de volumes vendidos, ajustes de preços para cima e melhor mix de produtos na América Latina e América do Norte compensaram as condições econômicas mais difíceis na Europa, segundo a companhia, que opera em 150 países.

A tática não é exclusividade da empresa. Concorrentes como a coreana Samsung pensam de forma semelhante ao abandonar linhas de produtos que oferecem baixos lucros para apostar em design, procurando adaptá-los ao gosto de consumidores de diferentes mercados.

 

AMÉRICA LATINA – A América Latina, e o Brasil em particular, têm se tornado cada vez mais importantes para o grupo. No ano de 2012, a América Latina representou 20% da receita global da companhia – o Brasil é, dentro dessa fatia, 16%. As três Américas equivalem a 50% do negócio mundial.

Para a empresa, a demanda continuou em alta no quarto trimestre de 2012 na América Latina estimulada, principalmente, pela redução de IPI para eletrodomésticos no Brasil, medida adotada pelo governo para estimular o consumo. Esse benefício começa a ser reduzido parcialmente neste ano.

A Electrolux também faturou mais no Brasil pois lançou produtos com maior valor agregado. Em 2012 foram feitos 80 lançamentos e para este ano, a previsão é fazer 100. A companhia tem quatro fábricas no país, duas no Paraná, uma em Manais e uma em São Carlos.

 

EXPECTATIVAS

 

Projetos podem gerar empregos em São Carlos

De acordo com Erick Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Região, baseado em comentários de trabalhadores e movimentação de  alguns fornecedores da Electrolux,  a direção da entidade acredita que será implantado mais 1 turno da produção de fogão e que há um estudo sobre um novo modelo de lavadora, que seria produzida na fabrica de São Carlos também. “Questionei a direção da empresa sobre as informações, mas não tivemos uma afirmação oficial. A nossa expectativa é de que haverá um crescimento dos postos de trabalho e por esse motivo o sindicato pretende participar das discussões sobre investimentos no decorrer deste ano com a empresa, assim como foi feito com a Volkswagen, aprovado recentemente pelos trabalhadores.”, ressalta.

 

 

2.200 EMPREGOS – Atualmente, a empresa mantém 2.200 postos de trabalho diretos. A fábrica iniciou suas atividades em 1943 como Indústrias Pereira Lopes, e em 1948 passou a utilizar a marca Climax. Em 1982, a Refrigeração Paraná adquiriu controle acionário da Climax e, em 1996 a Electrolux passou a administrar a fábrica da cidade após a aquisição da empresa Prosdócimo.

A fábrica são-carlense ocupa uma área de 84 mil m² e conta com cerca de 2.700 funcionários, diretos e indiretos. Ela é responsável pela fabricação de lavadoras de roupa, lava e seca, freezer e fogões. “São Carlos ocupa uma posição estratégica em termos viários”, explica Carlos Silveira, gerente da unidade de São Carlos. (Marco Rogério e Mariana Braga)

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