Embrapa Instrumentação Agropecuária recebe missão alemã
Atendendo a um pedido do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a Embrapa Instrumentação Agropecuária, de São Carlos, recebeu, na tarde de ontem, uma missão de pesquisadores alemães que vieram ao Brasil conhecer a tecnologia aplicada ao campo, além de outras unidade, como a Embraer, em São José dos Campos, a Usina Iracema, em Iracemápolis, e o Porto de Santos.
O grupo veio a São Carlos conhecer a estrutura geral da Embrapa, seu modelo organizacional e atuação no Brasil e no exterior; os trabalhos desenvolvidos no Labex Alemanha; a equipe técnica, estrutura física (laboratórios), linhas de pesquisa e tecnologias geradas pela Embrapa Instrumentação; visitar o Laboratório Nacional de Nanotecnologias para o Agronegócio.
Durante a visita, a pesquisadora na Universidade de Oldenburg, Anelise Baini Rahmeier, que é brasileira e vive na Alemanha, afirmou que a instrumentação garante o aumento da produção. “A Embrapa tem uma pesquisa de alta qualidade. Sou pesquisadora e economista e atuo na área agropecuária. A linha de pesquisa que mais me chama a atenção é a parte de instrumentação que contribui para o aumento de produtividade”. Segundo ela, não existe nada na Alemanha na pesquisa agropecuária tão grande como a Embrapa. “A preocupação com o Brasil são a monocultura e a emissão de gás carbônico, com destaque a importância das florestas”.
A pesquisadora Meike Bukowski – Universidade de Olbenburg e Instituto Seaqel – afirma que a produção leiteira e a área ecológica foram o que mais lhe chamaram a atenção no Brasil. “Fiquei bastante impressionada com o que vi no Brasil. Há vários pontos em comuns na empresa. Na Alemanha somos muito críticos, mas acredito que muito pode ser feito nesta parceria com a Embrapa”.
O diretor geral da Embrapa Instrumentação Agropecuária, Luiz Henrique Mattoso, ressaltou a importância da interação entre os dois países. “Temos, de longa data, um histórico de grande cooperação técnica com a Alemanha. Estamos discutindo a possibilidade de colaboração em pesquisa e inovação. Para o Brasil é imprescindível esta parceria com os alemães. Estive na Alemanha recentemente e existe um interesse muito grande na área de instrumentação aplicada ao campo”.