Empresa em São Carlos é única do país em ranking
A empresa Enalta, criada em Catanduva em 1999, e instalada em São Carlos em 2001 foi a única brasileira e integrar uma lista das companhias mais inovadoras do mundo. Realizada pela revista norte-americana Fast Company, integram a lista empresas como Nike, Amazon, Google e Microsoft.
Os fatores considerados pela revista, que é especializada em tecnologia, inovação e negócios, foram: velocidade da evolução, aprimoramento constante e ambição da proposta.
Segundo Luciano dos Santos, gestor de projetos e de negócios da Enalta, a entrada da empresa na lista não se deve a uma inovação específica, e sim à sua história: “Foi de acordo com a própria evolução da empresa, por estarmos colocando tecnologia em uma área tão necessitada”.
Atualmente ela conta com cerca de 100 funcionários, sendo a maioria com curso superior, e atua na área de automação agrícola, gestão e otimização de processo operacional, e auxilia no acompanhamento e tomada de decisões com tecnologia que visam segurança na gestão das operações e crescimento diário da inteligência dos negócios no campo. “O foco que temos é o de conseguir gerir as atividades em campo para que se consiga ter economia, redução de gastos e uma melhor eficiência”, diz Luciano.
Instalada no ParqTec de São Carlos até 2003,com auxílio das universidades e da Embrapa, a Enalta passou por um aumento de capacidade técnica de produtiva: “Em 2004, tivemos um aumento da parte de controladores de irrigação. Em 2006, partimos para a automação de máquinas, e em 2008 começamos a ter soluções de gestão de ativos móveis. Até essa época falávamos de ter apenas equipamentos, hardware. A partir de 2008 começamos a ter sistemas”.
Tais sistemas coletam informações do campo; as informações são tratadas e relatórios são gerados: “Os clientes começaram a ter essa necessidade, pois não conseguiam tratar o volume de informação”.
Em 2010, a empresa foi integrada à carteira do Fundo Criatec, (fundo específico do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico) e BNB (Banco do Nordeste) para capital semente em empresas inovadoras com alto índice de crescimento sustentável. Essa integração permitiu a aquisição de equipamento e a evolução tecnológica da Enalta: “Isso permitiu o processamento e a gestão dos ativos online: as informações chegam e conseguimos mostrar, dentro de um determinado ambiente, como está a situação das máquinas em campo”, explica Luciano.
Segundo Cleber Manzoni, CEO e proprietário da empresa, a Enalta investe 25% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento de novos projetos.
Projetos
Segundo Luciano, a empresa está consolidando tecnologias de gestão de ativos, relatórios, saúde, segurança e meio ambiente: “Este é o foco que estamos tendo nos últimos desenvolvimentos, e está relacionado, especificamente, à parte de manejo de cargas, buscando diminuir o número de acidentes nesses transportes. Se garantimos que os motoristas estejam operando dentro de critérios de segurança, temos ganhos com redução de nível de acidentes, melhor uso do equipamento, com aumento de vida útil, diminuição de manutenção e aumento de disponibilidade operacional”, explica Luciano.
