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Fecomercio aposta que São Carlos gera empregos no setor

17/05/2017 00h54 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Fecomercio aposta que São Carlos gera empregos no setor

Um estudo realizado pela Fecomercio, usando como base o emprego formal do comércio varejista dos últimos quatro anos, revela que o emprego neste segmento é gerado, em São Carlos, por supermercados, farmácias e lojas de autopeças. A apresentação dos números foi realizada pelo Departamento de Economia da Fecomercio a pedido do presidente do Sincomercio de São Carlos, o empresário Paulo Gullo.

O economista da Fecomercio, Jaime Vasconcelos, afirma ainda que a pesquisa realizada em São Carlos aponta que as atividades mais atingidas pelo desemprego no comércio varejista estão ligadas a setores de produtos não essenciais, como roupas e calçados, eletroeletrônicos e móveis. “São as primeiras coisas que naturalmente as pessoas deixam de comprar num cenário onde o orçamento está apertado pela inflação, pelo endividamento e pela inadimplência. Se ele corta o consumo, as vendas também caem e os empregos caem depois”. 

Em outros setores, como supermercados e farmácias que vendem bens essenciais à sobrevivência humana, como remédios e alimentos, a situação é diferente. “As famílias necessitam destas mercadorias. Isso favorece que as vendas não caiam tanto e que o emprego também não caia tanto. Os dados de 2013 a 2017 mostram que três setores geram emprego no comércio de São Carlos: supermercados, farmácias e autopeças. Se você tem redução na compra de carro zero quilômetro, o carro usado vai ser mais vendido, favorecendo a venda de autopeças”, destaca o economista. 

O emprego é muito dependente das vendas das empresas, que são dependentes do consumo das famílias. “Há uma alteração de hábitos. Em período de orçamento mais apertado, o consumidor substitui marcas, corta o supérfluo no supermercado e também aquece o setor de reformas. O sujeito deixa de comprar uma camisa nova, manda a velha para o conserto. Temos três anos de aperto orçamentário que exige a mudança de comportamentos”, aponta Vasconcelos. 

Saída da crise – O ano de 2017 deve terminar com uma estabilização dos empregos do comércio varejista no Estado de São Paulo.  A análise é do economista Jaime Vasconcelos, que apresentou, na manhã de ontem, no SENAC, um estudo sobre o emprego formal no varejo são-carlense entre janeiro de 2013 e fevereiro de 2017. 

De acordo com Vasconcelos, o emprego no comércio no Estado de São Paulo ainda não chegou ao fundo do poço. “Depois de três anos de grave crise, devemos atingir o fundo do poço neste primeiro semestre de 2017. E no segundo semestre. O varejo ainda passa pelo fechamento de vagas, mas é um fechamento mias ameno. 2017 deve ser um ano de estabilização do mercado de trabalho, o que já é uma grande notícia.”

Segundo ele, em 2015 tivemos, no Estado de São Paulo, fechamento de mais de 60 mil vagas formais e em 2016 tivemos 48 mil vagas fechadas. “Deveremos ter um 2017 com resultado próximo de zero, sendo que um segundo semestre positivo compense este primeiro, que estamos vivendo, ainda com números negativos”, ressalta o economista.

A tendência é que com juros menores, inflação menor e outros números positivos, as famílias voltarão a ter algum poder de compra, voltem a consumir, mesmo que com moderação. “Isso vai gerar vendas no comércio. É um movimento muito lento e gradativo que deve acontecer”, aposta Vasconcelos.  

699 empregos em quatro anos – Estudo realizado pela Fecomercio mostra que no município de São Carlos, no saldo acumulado de janeiro de 2013 a fevereiro de 2017, houve a perda de 699 vagas formais. O saldo negativo foi resultado de 28.505 admissões e 29.204 desligamentos. 

Neste período, somente supermercados, farmácias e perfumarias, bem como autopeças e acessórios, possuíram aumento significativo de emprego, com +259 vagas, +98 vagas e +92 vagas, respectivamente. Por outro lado, entre as atividades consolidadas, o destaque negativo foi a perda de 389 vínculos formais no varejo de vestuário, tecido e calçados e de 169 vagas nas lojas de eletrodomésticos e eletrônicos. Atualmente, o mercado de trabalho do varejo da cidade é composto por 11.667 vínculos com carteira assinada.

TABELA : Movimentação da mão de obra formal do varejo de São Carlos: 2013 a 2017

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