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Ibovespa cai 2,4% e busca nova mínima em 4 anos

21/06/2013 22h10 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Ibovespa cai 2,4% e busca nova mínima em 4 anos

O principal índice da Bovespa caiu ao menor nível em mais de quatro anos nesta sexta-feira, 21, marcando a quarta baixa semanal consecutiva, diante da expectativa de menos estímulos nos Estados Unidos e preocupações com a economia brasileira.

 

O Ibovespa perdeu 2,4 por cento, a 47.056 pontos. É o menor patamar de fechamento desde abril de 2009. O giro financeiro do pregão foi de 10,5 bilhões de reais. Na semana, o índice acumulou queda de 4,6 por cento.

“O ambiente aqui está realmente fraco”, disse o especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil, citando que não há sinais de mudança de cenário no curto prazo.

A perspectiva de redução do programa de compra de títulos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, azedou de vez o humor dos mercados nesta semana.

A Bovespa também sentia o peso das preocupações com o cenário doméstico, incluindo as perspectivas para inflação. Embora tenha desacelerado a alta em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) estourou o teto da meta do governo em 12 meses.

Além disso, a recente disparada do dólar –que só em junho acumula alta de 4,77 por cento ante o real– repercutia nas perspectivas para companhias listadas. É o caso da Petrobras, cuja ação preferencial caiu 3,29 por cento nesta sexta-feira, principal contribuição negativa para o Ibovespa.

Segundo a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, a petrolífera deve sentir os efeitos da “variação abrupta” do câmbio, por ter dívida e custos em dólar, mas ainda é preciso esperar para dimensionar o problema.

Profissionais de mercado citavam ainda as recentes manifestações em todo o Brasil como fonte adicional de preocupação. Na quinta-feira, mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas de dezenas de cidades para pedir melhoria dos serviços públicos e protestar contra a corrupção e os gastos para a Copa do Mundo de 2014, entre outras coisas.

“Essas manifestações traduzem o sentimento negativo da população com relação aos governos do país como um todo. É algo que mostra que não está tudo às mil maravilhas como o governo fala que está”, disse o gestor Flávio Barros, da Grau Gestão de Ativos.

A ação da Copel afundou quase 17 por cento nesta sexta-feira, após o governador do Estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmar que pedirá à distribuidora para “segurar” a aplicação do reajuste tarifário médio de 14,61 por cento aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na véspera.

Ações do grupo EBX, do empresário Eike Batista, também se destacaram na ponta negativa, lideradas por LLX. A companhia de carvão CCX, que não faz parte do Ibovespa, foi a única do grupo a fechar em alta, após afundar 37,5 por cento na véspera.

Em sentido oposto, a empresa de meio de pagamentos Cielo e a empresa de investimentos em imóveis comerciais BR Properties foram as principais altas do índice.

 

O Conselho da BR Properties aprovou a venda de empreendimentos imobiliários avaliados em 690 milhões de reais, informou a companhia nesta manhã.

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