IGP-DI acelera alta a 0,31% em março, diz FGV
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,31 por cento em março, ante elevação de 0,20 por cento em fevereiro, com aceleração dos preços tanto no atacado quanto no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta terça-feira, 9.
A leitura de março ficou acima das expectativas em levantamento da Reuters, cuja mediana de 20 previsões apontava para alta de 0,21 por cento. As projeções variaram de avanço de 0,07 a 0,39 por cento.
Com o resultado, o índice acumula alta em 12 meses de 7,97 por cento, ante avanço de 8,24 por cento nos 12 meses até fevereiro.
Depois de o IPCA-15, em março, ter se aproximado no acumulado em 12 meses do teto da meta do governo, de 6,50 por cento pelo IPCA, o cenário atual é de preocupação com a inflação tanto no mercado quanto no governo.
Na quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulga os dados de março do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial.
Em março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) registrou inflação de 0,12 por cento, após apresentar alta em fevereiro de 0,09 por cento. O índice calcula as variações de preços de bens agropecuários e industriais nas transações em nível de produtor e responde por 60 por cento do IGP-DI.
Entre a origem dos produtos, os industriais tiveram alta de 0,46 de por cento, ante avanço de 0,31 por cento no mês anterior. Já os produtos agropecuários registraram queda de 0,72 por cento, ante recuo de 0,48 por cento em fevereiro.
Em relação aos estágios de produção, o índice relativo a Bens Finais apresentou variação positiva de 1,18 por cento por cento em março, ante 1,03 por cento no mês anterior. O índice do grupo Bens Intermediários mostrou queda de 0,17 por cento, ante recuo de 0,09 por cento em fevereiro.
Já em Matérias-Primas Brutas foi registrada queda de 0,78 por cento, ante recuo de 0,81 por cento em fevereiro.
VAREJO
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), registrou alta de 0,72 por cento, ante avanço de 0,33 por cento em fevereiro. O índice mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 30 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
Três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para este movimento foi do grupo Habitação, com alta de 0,74 por cento em março ante queda de 1,28 por cento em fevereiro.
Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -13,91 por cento para 0,82 por cento.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) avançou 0,50 por cento em março, após alta de 0,60 por cento em fevereiro. O índice representa 10 por cento do IGP-DI.
O item Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,48 por cento, ante 0,44 por cento em fevereiro. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 0,52 por cento, abaixo dos 0,77 por cento em fevereiro.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais, sendo o indexador das dívidas dos Estados com a União. O índice também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
