Inadimplência e taxas de juros caem em março
O mercado de crédito brasileiro continuou mostrando em março expansão moderada, ao mesmo tempo em que a inadimplência registrou pequeno recuo, com spreads e juros também em queda, mostrou o Banco Central nesta sexta-feira, 26.
O estoque total de crédito subiu 1,8 por cento em março ante fevereiro, chegando a 2,427 trilhões de reais, ou 53,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta sexta-feira.
O BC informou também que a taxa de inadimplência no segmento de recursos livres ficou em 5,5 por cento em março, contra 5,6 por cento em fevereiro, terceira queda seguida.
Já o spread bancário – diferença entre o custo de captação do banco e o efetivamente cobrado do tomador final – fechou o mês passado em 17,7 pontos percentuais. Em fevereiro, ele havia ficado em 18,3 pontos.
O spread total considerando a totalidade do crédito ficou em 11,7 por cento em março ante 12 por cento no mês anterior.
A taxa média de juros total no segmento dos recursos livres fechou março em 26,1 por cento, inferior aos 26,5 por cento em fevereiro, interrompendo sequência de dois meses de alta influenciada pelas expectativas de alta da Selic.
Considerando a totalidade do crédito, a taxa de juros total ficou em 18,5 por cento em março, ante 18,7 por cento em relação a fevereiro.
A Selic foi elevada em 0,25 ponto percentual em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a 7,50 por cento ao ano. Na ata sobre esse encontro, divulgada na quinta-feira, o BC frisou que a política monetária deve ser “especialmente vigilante” para minimizar riscos de níveis elevados de inflação e deixou claro que o alvo principal é a inflação de 2014.
Em um indicativo de que o aperto monetário pode ser maior a depender da resistência da inflação, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, disse, também na quinta-feira, que o Copom pode intensificar o uso da Selic para combater a alta dos preços.
