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Indústria mantém investimento em compasso de espera

26/02/2013 11h02 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Indústria mantém investimento em compasso de espera

O câmbio flutuante do dólar mostra que a indústria paulista se mantém em compasso de espera no nível de investimento e de expansão da produtividade. Este é o conceito do diretor regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), em São Carlos, Ubiraci Moreno Pires Corrêa, responsável por mais de 130 indústrias instaladas em 13 municípios na região.

 

A empregabilidade da indústria para 2013 é tímida e pouco vai diferir dos números registrados em 2012. “Nos últimos 12 meses, temos um acumulado de -1,63%, representando uma redução de aproximadamente 600 postos de trabalho”, explicou a falta de otimismo do setor.

Corrêa afirmou que o Ciesp no final do ano se mostrou empenhado em ampliar o discurso de reindustrialização do País com as medidas de desoneração da folha de pagamento, que implica em reduzir a carga tributária, e a redução da tarifa de energia em até 32% para a indústria.

Contudo o dólar abaixo de R$ 2,00 (ontem a moeda norte-americana estava em R$ 1,96) e a gasolina com reajuste de 5,5% provocaram reações de desestímulo nos investimentos.

“Se não tem injeção de capital na indústria para aumentar a produtividade e a competitividade o segmento vai se desintegrar. Enquanto o dólar for o mecanismo do governo federal para segurar a inflação e não os cortes nos gastos públicos, a reindustrialização do País estará comprometida”, relatou.

Para a entidade, a moeda norte-americana deveria ser negociada entre R$ 2,20 e R$ 2,40 para que a indústria brasileira não fosse prejudicada.

Segundo Corrêa, nos últimos cinco anos o dólar defasou em 12% em relação ao real. “Esse índice se tornou uma pedra no sapato para a indústria exportar com o mesmo nível de competitividade frente às políticas comerciais adotadas de outros países”.

O diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca, avaliou ser possível em 2013 “um deslizamento gradual da taxa de câmbio, chegando ao teto de R$ 2,30 até dezembro”.

Ele avaliou ainda que a política de valorização do real ante o dólar, praticada até o ano passado, foi feita para garantir as metas de inflação, mas contribuiu com o processo de desindustrialização do País. Com isso, houve um saldo negativo crescente entre exportações e importações de produtos manufaturados, o qual, até outubro de 2012, chegava a US$ 78,8 bilhões.

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