Indústria paulista fecha 1º trimestre com alta de 2,4%
A atividade industrial paulista encerrou o primeiro trimestre de 2013 superior em 2,4% contra o desempenho do último trimestre de 2012, informou o diretor do Departamento de Pesquisas Estudos Econômicos (Depecon) da Federação e das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini. “Desempenho razoável para o primeiro trimestre, coisa que nos fez rever a previsão do índice para 2013”, disse Francini.
O prognóstico da Fiesp para o Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista em 2013 é de um crescimento de 3,2% versus 2012. A estimativa anterior era de alta de 2,3%.
Apesar da revisão para cima, Francini ponderou que a recuperação da indústria está acontecendo, mas longe do ritmo de recuperações anteriores. “Sem muito a lamentar, sem muito a comemorar”.
FALTA DE VIGOR – Pesquisa mensal realizada pelo Depecon da Fiesp e Ciesp, o INA é um termômetro do desempenho do setor manufatureiro. Embora sejam positivos, os números do levantamento de março confirmam indicações de que a recuperação está em curso, mas não demonstra vigor.
Em março, o INA registrou uma alta de 1,1% contra fevereiro, na série com ajuste sazonal. Na leitura sem ajuste sazonal, o índice registrou forte ganho de 8,8% na comparação com fevereiro.
Apesar de vigoroso, se comparado à série histórica da pesquisa, o crescimento de 8,8% é menor desde 2002, com exceção dos anos 2011 (6,3%), 2008 (5,6%) e 2003 (6,9%).
“Normalmente na indústria, o mês de março comparativamente a fevereiro costuma apresentar grande variação positiva”, acrescentou Francini.
A mesma tendência foi verificada no acumulado de janeiro a março deste ano, que, apesar de alta em 2,4% contra igual período do ano anterior, a variação foi a menor da série histórica, com exceção de 2012 (-5,5%), 2009 (-17,4%) e 2003 (-0,2%).
“O acumulado de janeiro a março também mostra a fragilidade do ano de 2013”, afirmou. No acumulado em 12 meses, o nível de atividade da indústria caiu 2,2%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou praticamente estável a 82,1% em março versus 82,6% em fevereiro, sem influência sazonais. Na leitura sem ajuste sazonal, o NUCI fechou março com 81,1% contra 80,6% em fevereiro.
Dos setores avaliados pela pesquisa, o segmento de Produtos Químicos se destacou com alta de 2,3% na leitura mensal, descontados os efeitos sazonais.
A atividade na indústria de Artigos de Borracha e Plástico registrou ganhos de 1,0% sobre fevereiro, na série dessazonalizada. Já o desempenho do setor de Celulose, Papel e Produtos de Papel em março registrou queda de 1,3%, sem efeitos sazonais, na comparação com mês anterior.
Quanto ao desempenho dos setores em março, Francini avaliou que “não há nenhum setor que apresente uma tragédia e nenhum que apresente a glória”.