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Indústria recua e São Carlos gera apenas 84 empregos em março

23/04/2013 11h52 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Indústria recua e São Carlos gera apenas 84 empregos em março

No mês de março, a indústria de transformação criou mais de 25,7 mil postos de trabalho no Brasil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, mas nenhuma dessas novas vagas foi gerada em São Carlos. No mês passado, a cidade, que vinha registrando bons níveis de crescimento no setor, com saldo positivo de 146 postos em janeiro e 311 em fevereiro, andou na contramão do País e perdeu 77 vagas na indústria.

Considerando os outros setores, o município encerrou março com 84 novas vagas – foram 3.017 contratações e 2.933 demissões -, com destaque para construção civil e administração pública direta e autárquica, que geraram 49 novas vagas cada, e o setor de serviços, com saldo positivo de 55 contratações. Graças a esses números positivos, São Carlos conseguiu diminuir o impacto da retração na indústria, que pode perder ainda mais postos nos próximos meses.

Segundo o diretor regional do Ciesp São Carlos, Ubiraci Pires Corrêa, é comum a indústria ter bons números no início do ano devido à safra da cana, que beneficia o setor sucroalcooleiro – daí o saldo nacional positivo em março e os bons números locais em janeiro e fevereiro – porém esses resultados apenas “disfarçam” um problema maior: a perda da porcentagem ligada ao setor na economia nacional.

“A indústria já não tem a mesma representatividade que tinha no Produto Interno Bruto (PIB) anos atrás. O setor está sofrendo demais com a carga tributária e as importações. Se estivesse contratando de um modo geral, haveria estabilidade, mas os números mostram que se tratam de contratações sazonais”, diz Ubiraci.

Para ele, se nada for feito para aumentar a competitividade dos produtos nacionais frente aos importados, “que têm preços imbatíveis”, a tendência da indústria é diminuir, restando apenas nichos como o automobilístico, “protegido pelo governo devido à grande carga tributária”. “É preciso defender o produto nacional. Um país não vai para frente sem indústria, setor responsável pelos melhores salários do mercado”, defende o diretor.

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