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IPCA desacelera alta a 0,47% em março

10/04/2013 13h26 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
IPCA desacelera alta a 0,47% em março

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a alta mensal em março para 0,47 por cento, beneficiado por uma forte desaceleração do grupo Educação, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 10.

 

Trata-se da menor variação desde agosto passado, quando o indicador oficial de inflação havia subido 0,41 por cento na comparação mensal. Em fevereiro, a alta foi de 0,60 por cento.

No acumulado de 12 meses até março, o IPCA avançou 6,59 por cento no mês passado, estourando o teto da meta do governo, depois de somar 6,31 por cento em fevereiro. Os resultados vieram um pouco abaixo do esperado pelo mercado, o que derrubava os contratos futuros de juros nesta manhã.

Analistas ouvidos pela Reuters esperavam alta de 0,50 por cento no mês passado, segundo a mediana de 23 projeções, com as projeções variando entre 0,45 a 0,54 por cento. Para o acumulado em 12 meses, a expectativa era de 6,62 por cento segundo a mediana de 21 estimativas, com as estimativas variando de 6,57 a 6,70 por cento.

O estouro da meta do governo – fixada em 4,5 por cento, com 2 pontos percentuais de tolerância – veio antes do esperado pelo próprio Banco Central que, em seu mais recente Relatório Trimestral de Inflação, estimou que os preços medidos pelo IPCA em 12 meses chegariam a 6,7 por cento apenas no segundo trimestre.

Segundo o IBGE, o principal responsável pela desaceleração do IPCA em março foi o grupo Educação, que registrou alta de 0,56 por cento, após subir 5,40 por cento no mês anterior.

Dos nove grupos que compõem o IPCA, sete mostraram desaceleração da inflação em março, como o de Alimentação e Bebidas, que registrou alta de 1,14 por cento, ante 1,45 por cento em fevereiro.

Os grupos que mostraram aceleração nos preços no período foram Habitação (0,51 por cento, ante -2,38 por cento) e Comunicação (0,13 ante 0,10 por cento)

Inflação em alta combinada com a dificuldade de a atividade econômica mostrar uma recuperação mais sólida se transformaram em um dilema ao BC na condução da política monetária, que serviu para ajudar a estimular a economia nos últimos dois anos.

O mercado aguardava com ansiedade a divulgação do IPCA do mês passado para cravar suas apostas sobre o esperado início de um ciclo de altas da taxa básica de juros Selic.

Antes do IPCA, a maior parte do mercado acreditava que o Comitê de Política Monetária (Copom) manterá a Selic na mínima histórica de 7,25 por cento na sua próxima reunião, semana que vem, mas que em maio, quando se reúne novamente, ela será elevada. Segundo a última pesquisa Focus do BC, os agentes econômicos apostavam que a Selic fecharia 2013 em 8,50 por cento.

O resultado do IPCA de março veio abaixo de sua prévia, o IPCA-15, que registrou alta de 0,49 por cento.

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