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Itaú tem queda no lucro, mas resultado fica dentro do esperado

05/02/2013 11h56 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Itaú tem queda no lucro, mas resultado fica dentro do esperado

O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, encerrou o quarto trimestre com queda no lucro líquido, mas com melhora em índices de inadimplência e expectativa de avanço de dois dígitos na carteira de crédito em 2013, após um ano em que reviu critérios de financiamento para conter aumento de calotes.

 

A instituição, que em 2012 se tornou o primeiro banco privado do país a alcançar a marca de 1 trilhão de reais em ativos totais, teve lucro líquido de 3,492 bilhões de reais nos três meses encerrados em dezembro, queda de 5 por cento sobre o mesmo período de 2011.

Enquanto isso, o lucro recorrente somou 3,5 bilhões de reais, praticamente em linha com a expectativa média de analistas consultados pela Reuters.

Os números do Itaú Unibanco foram divulgados alguns dias após Bradesco e Santander Brasil anunciarem resultados que mostraram fraco crescimento dos empréstimos e manutenção da inadimplência em nível elevado

No caso do Itaú, o índice de calotes em operações vencidas há mais de 90 dias ficou em 4,8 por cento no quarto trimestre, apresentando redução tanto nas linhas de pessoa física quanto jurídica. Um ano antes, o indicador havia sido de 4,9 por cento e no terceiro trimestre, de 5,1 por cento.

Já as despesas com provisão para perdas com crédito somaram 5,68 bilhões de reais no quatro trimestre, abaixo dos 5,94 bilhões verificados nos três meses anteriores, mas acima dos 5,45 bilhões registrados no mesmo período de 2011.

Diante de maior cautela na concessão de financiamentos no ano passado, a carteira do crédito do Itaú fechou 2012 em 426,59 milhões de reais, crescimento de 7,45 por cento sobre 2011. O segmento de pessoa física teve ligeira expansão de 0,7 por cento enquanto o de jurídica avançou 8,7 por cento.

Dentro dos empréstimos à pessoa física, o destaque ficou sobre o crédito imobiliário, que disparou 34 por cento, e sobre a carteira de veículos, que encolheu 14,8 por cento. Na jurídica, os financiamentos a grandes empresas cresceram 15,5 por cento enquanto os empréstimos para micro, pequenas e médias firmas recuaram 1,6 por cento.

O Itaú terminou o quarto trimestre com retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado, um indicador sobre a rentabilidade de um banco, de 18,4 por cento, numa melhora ante os 17,5 por cento apresentados nos três meses anteriores, mas ainda abaixo dos 21,4 por cento de um ano antes.

Enquanto isso, o índice de eficiência dos três meses encerrados em dezembro foi de 46,6 por cento, ante 45,5 por cento no terceiro trimestre e 47 por cento no final de 2011. O indicador mede o total de receitas sobre despesas e quanto menor, melhor o desempenho.

 

EXPECTATIVAS

Para 2013, porém, o banco demonstra mais otimismo, com uma expectativa de crescimento da carteira entre 11 e 14 por cento, enquanto as despessas com provisões são esperadas entre 19 bilhões e 22 bilhões de reais, após 23,64 bilhões em 2012.

As receitas com prestação de serviços e resultado com seguros, previdência e capitalização também devem avançar 11 a 14 por cento este ano após crescimento de 8,5 por cento no ano passado. O índice de eficência ajustado ao risco foi projetado como tendo uma melhora de 2 a 4 pontos percentuais sobre os 73,3 por cento de 2012.

Ainda nesta terça-feira, o Itaú Unibanco informou que seu conselho de administração aprovou declaração de juros complementares sobre capital próprio a seus acionistas de 0,3824 real por ação relativos a 2012. O pagamento será feito em março.

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