Lojistas preveem 2015 complicado para o setor
O ano de 2015 não promete ser bom para o comércio em geral de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista (Sincomercio) e a Associação Comercial e Industrial de São Carlos (Acisc).
Para o presidente do Sincomercio, Paulo Gullo, 2015 vai ser um ano difícil para o comércio. “O ano será difícil para o comércio em geral, os comerciantes terão que se adaptar a situação econômica do país”, observou.
Na mesma linha, Alfredo Maffei Neto, presidente da Acisc, afirma que existe uma preocupação muito grande. “Na realidade existe uma preocupação muito grande, um pessimismo geral, principalmente em relação ao desemprego, que assombra à todos”, apontou.
Neto destaca que se a indústria não for bem, isso refletirá diretamente no comércio. “Com a indústria enfraquecida, o comércio também fica em baixa”, diz.
Apostar em atrativos diferentes para os consumidores é uma das opções de conseguir realizar boas vendas. “Apostar em liquidações, e maior atrativos ao consumidor é uma opção, como prazo, preço, atendimento, qualificação dos funcionários, entre outras ideias que possam chamar os consumidores para as lojas”, ressaltou Gullo.
LIQUIDAÇÕES – As liquidações de começo de ano já se tornaram tradição e muitas lojas apostam nesses dias para conseguir aumentar as vendas. Os consumidores também esperam pela data. “É o início de um ano de difícil, e nessas liquidações, pode-se dizer o pontapé inicial, os comerciantes esperam vender e os consumidores já se acostumaram com essas promoções, alguns guardam até dinheiro para trocar os móveis de casa ou comprar algo que não necessite”, analisou Gullo.
O presidente da Acisc acredita que as liquidações de início de ano já entraram no calendário e é uma maneira de fidelizar o cliente. “As liquidações já estão no calendário, antigamente era apenas uma ou outra loja que fazia, hoje se espalhou, isso é bom porque o dinheiro gira no comércio e mantém os empregos, mas acaba sendo ruim para os pequenos comerciantes, pois as pessoas podem comprar algo por impulso e deixar de comprar outras coisas. Essas promoções também servem para fidelizar os clientes”, analisou Neto.
FERIADOS – Outro ponto que pode atrapalhar o comércio é a quantidade de feriados prolongados durante 2015.
Segundo o presidente da Acisc, apesar dos dias de descanso, em que as lojas precisam ficar de portas fechadas, as despesas dos comerciantes não param. “A arrecadação cai bastante e as obrigações de pagamentos e tudo mais continuam. Os trabalhadores precisam do dia de folga, mas o comerciante precisa pagar o dia mesmo assim”, declara.
Neto ainda lembra o prejuízo causado pelos feriados prolongados. “Se o feriado cai em uma quinta-feira, isso já acaba com nossa semana. Aí os funcionários vêm trabalhar na sexta-feira, mas como muitas pessoas viajam, não tem ninguém nas ruas para consumir e as pessoas acabam gastando o dinheiro em outras cidades, uma renda que não volta pra São Carlos”, finaliza.
