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Mercado vê inflação maior e dólar menor em 2013

13/02/2013 15h15 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Mercado vê inflação maior e dólar menor em 2013

Diante de renovados sinais de pressão inflacionária, o mercado vê o IPCA ainda maior neste ano, ao mesmo tempo em que reduziu pela terceira semana seguida a previsão para a cotação do dólar ante o real após as movimentações recentes do governo para amenizar os efeitos da alta dos preços.

 

De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta quarta-feira, após o Carnaval, os analistas veem o dólar no final deste ano a 2,03 reais, ante 2,05 reais na semana anterior.

Entre o Top 5 – instituições que mais acertam as projeções – a expectativa é ainda um pouco mais baixa, de 2,02 reais, ante 2,05 reais anteriormente.

Na sexta-feira, o dólar chegou a ser negociado no patamar de 1,95 real durante os negócios após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmar à Reuters que o governo não deixaria a moeda norte-americana ceder a 1,85 real, levando o mercado a buscar novos pisos para a moeda norte-americana.

Desde o final de janeiro, o dólar vem sendo negociado abaixo de 2 reais – piso informal que o vigorou por boa parte do ano passado – e, para especialistas, isso ocorre porque o governo tem deixado o dólar perder força para retirar pressões inflacionárias.

Os preços continuam mostrando força neste início de ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,86 por cento em janeiro, a maior variação mensal desde abril de 2005, ainda puxado por alimentos e despesas pessoais.

Assim, no Focus, os analistas elevaram pela sexta semana seguida sua projeção para o IPCA neste ano, estimando agora alta de 5,71 por cento, ante 5,68 por cento na semana anterior. Para 2014 a projeção foi mantida em 5,50 por cento.

No Top 5, no entanto, os analistas estão bem mais pessimistas sobre o próximo ano, elevando as estimativas de alta do IPCA a 6,50 por cento, ante 5,80 por cento, no teto da meta oficial do governo.

 

SELIC

O comportamento da inflação também foi destacado pelo presidente do BC, Alexandre Tombini, que classificou o atual cenário como preocupante, o que acabou levando o mercado futuro de juros a precificar a maioria das apostas em alta da Selic neste ano.

Apesar disso, os analistas consultados no Focus ainda mantêm a projeção de que a taxa básica de juros encerrará 2013 nos atuais 7,25 por cento ao ano, subindo para 8,25 por cento no próximo ano. O Top-5, entretanto, já vê a taxa básica de juros menor no próximo ano, a 7,63 por cento na mediana das projeções, ante 8,13 por cento anteriormente.

Em relação ao crescimento da economia, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 foi estimada em 3,09 por cento, ante 3,10 por cento na semana anterior, com o mercado voltando a ajustar seus números.

A produção industrial continua pesando sobre essa conta. Em 2012, a atividade teve a primeira retração desde 2009, indicando que a recuperação da atividade continuou cambaleante no final do ano passado.

Para este ano, os analistas consultados no Focus veem expansão da atividade industrial de 3,10 por cento, ante 3,17 por cento anteriormente.

Em relação a 2014, a expectativa é de aceleração do PIB a 3,80 por cento, na terceira semana seguida de alta após estimativa de 3,70 por cento anteriormente.

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