Mulher ganha espaço no mercado de trabalho com ensino técnico
A participação das mulheres no mercado de trabalho vem aumentando gradativamente em relação aos homens. O foco delas são os cursos técnicos que permitem uma formação complementar rápida e rica em conhecimento. Em um levantamento de 2013 dos cursos técnicos oferecidos pelo Senac São Carlos pode-se notar os dados: 117 mulheres matriculadas e apenas 53 homens.
Sérgio Ricardo Yaegashi, gerente substituto da unidade do Senac São Carlos, afirma que 66% do público da instituição hoje é do sexo feminino. “Isso mostra que a procura por capacitação pelo sexo feminino está se revertendo no mercado de trabalho”. A inserção do sexo feminino no mercado de trabalho está dominando, e complementa dizendo que “elas estão se capacitando e qualificando melhor do que os homens”.
Além disso, segundo Yaegashi, em cursos que o público predominantemente era masculino, como Técnico em Segurança do Trabalho, Logística e Ciências Informáticas, o perfil está mudando. “No curso técnico de Segurança do Trabalho em uma turma de 30 alunos, 12 são mulheres”.
Cássia Okino, 33, estava fora do Brasil há anos e quando retornou viu que para entrar no mercado de trabalho estava muito difícil. “Foi então, que resolvi estudar”. Ela explica que estava terminando o ensino médio a noite e a diretora da escola divulgou vagas no curso técnico em Administração através do Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. “Aprender é muito bom, quero melhorar cada vez mais”.
Já o caso de Blanda Martins Oliveira, 17, é diferente, ela conta que “antes não tinha feito nenhum curso e agora queria conhecer um pouco mais sobre o mundo do trabalho”. Ela acredita que com esse curso poderá ser empregada de maneira fácil porque há possibilidade de trabalhar em diversas áreas como indústria, comércio, empresa, etc.
Yaegashi ressalta que essa turma da Cássia e da Blanda, de técnico em Administração, tem 35 alunos, onde 31 são mulheres. “As mulheres estão se capacitando e qualificando melhor do que os homens”.
Formação ágil
De acordo com o sociólogo Gabriel Madureira há de fato um processo de presença majoritária das mulheres no mundo da qualificação profissional e acadêmica, pois se observarmos os dados de matrícula, tanto no ensino técnico quanto no ensino superior, existe predomínio do público feminino. “Esses cursos técnicos são formulados para permitir uma inserção específica e ágil no mercado de trabalho”.
O fato de serem procurados por mulheres acaba refletindo a histórica demanda feminina em busca de postos profissionais qualificados e de igualdade de remuneração e oportunidades.
