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Operários recebem rescisão após intervenção do MT

23/02/2013 13h08 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Operários recebem rescisão após intervenção do MT

Os salários atrasados de dois meses e a rescisão do contrato – em torno de R$ 28 mil – de 19 operários foram pagos na tarde desta sexta-feira, 22, com intervenção da delegacia regional do Ministério do Trabalho e do Sindicato da Construção Civil de São Carlos.

 

A denúncia foi feita em primeira mão pelo jornal Primeira Página na sexta-feira da semana passada durante um piquete de um grupo de 13 pintores da construção civil que interditou, por cerca de uma hora a entrada de uma obra da construtora Trisul na Vila Nery, alegando atraso de 60 dias no pagamento.

A empresa JR Cordeiro Pinturas, de Jundiaí, responsável pela contratação dos operários, não cumpriu com os pagamentos que acabou assumido pela Trisul. Segundo o operário Ricardo Sartori, ele e mais 14 vieram de Campinas, e outros quatro de Ibaté no meio de dezembro, contratados pela JR para iniciar a obra. “De lá pra cá não houve pagamento de salário e faltou alimento no alojamento”, disse.

O delegado regional do Trabalho Antônio Valério Morillas Júnior iniciou uma investigação após a denúncia registrada pelo jornal e uma auditoria está sendo feita para levantar as irregularidades. “Não podemos afirmar no momento que encontramos trabalho análogo ao escravo, porque ainda estamos investigando os fatos, mas há indícios que levam a esse raciocínio com alojamento inadequado, falta de alimentação e falta de pagamento”, relatou.

Durante o acerto de contas ontem na sede do sindicato, os operários foram orientados a receber, nesse momento, os valores especificados pelas empresas e na rescisão relatar de próprio punho os itens que ficaram faltando como horas extras, produtividade e valores de medições que foram acertados no contrato e que, segundo o operário Eduardo Antônio Nanias, não foram pagos. “Fomos orientados a buscar na Justiça o pagamento desses outros itens e na semana que vem já iremos procurar um advogado para entrar na briga”.

Segundo o operário Tiago de Souza, desde o dia 7 de fevereiro até ontem, eles ficaram na cidade à disposição da JR Cordeiro Pinturas e esses dias não estão contabilizados na rescisão.

Morillas Júnior acredita que em 15 dias terá um relatório completo do caso. Segundo ele e a funcionária do sindicato, Lourdes dos Santos, os operários foram orientados a receber nesse momento os valores da rescisão e salários atrasados e a pedir na Justiça os valores que não foram pagos até o agora.

Um acordo de última hora feito entre Morillas Júnior e Alexander Ferreira, coordenador de recursos humanos da Trisul, fez a empresa assumir os custos das passagens dos operários de volta para Campinas.

 

IMPASSSE – Questionado sobre a situação em que os operários foram deixados, o coordenador de recursos humanos da Trisul afirmou que tem um controle dos serviços e os pagamentos dos funcionários contratados por terceiros já que são co-responsáveis. “Nesse caso como foram dois meses não deu tempo do setor de recursos humanos da Trisul identificar a falha na JR. Mas nós assumimos os custos e já tiramos a empresa da obra”, relatou Ferreira.

O dono da JR Júnior Cordeiro afirmou que a baixa produtividade da equipe na pintura dos prédios do empreendimento imobiliário fez com que ele não recebesse da Trisul pelo trabalho feito e por isso deixou de pagar os funcionários.

No entanto, o coordenador de recursos humanos da Trisul afirmou que a primeira medição foi feita e os valores pagos à JR Cordeirto Pinturas em janeiro.

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