Preço do tomate começa a cair em feiras e supermercados
O tomate, considerado o grande vilão dos consumidores nas últimas semanas, agora começa a voltar ao preço normal já podendo ser encontrado entre R$ 3,99 e 4,99 o quilo, dependendo do tipo e da qualidade do produto. A expectativa é que esse valor caia ainda mais chegando a R$ 1,50 o quilo.
O gerente de compras da rede de supermercados Jaú Serve, Alexandre Blasioli, faz encomendas de tomate diariamente e diz que o produto que até então estava sendo comercializado a R$ 7,90 teve uma queda de cerca de 40% em seu valor. “Esse preço tende a cair mais. Com o final da temporada de chuvas e a melhoria nas condições da produção, o preço do tomate vai se estabilizando aos poucos. O excesso de chuva faz com que muitos produtores tenham grande quantidade do alimento em estoque, porém em más condições para ser comercializado”.
Para o engenheiro agrônomo e presidente do Sindicato Rural de São Carlos, Eunizio Malagutti, alimentos herbáceos da família dos solanáceos, como o tomate e o pimentão sempre sofrerão alteração de preços em épocas de chuvas. Segundo ele, o consumidor deve se adaptar a essas mudanças.
“O tomate, entre outros alimentos herbáceos, normalmente é perseguido por moléstias, bactérias, fungos e vírus. Na época da chuva, essas moléstias se desenvolvem mais fácil, estragando muito mais fácil os pés de tomates, caso o dano não seja reparado a tempo. Tivemos três meses de muita chuva onde o agricultor muitas vezes evita até o plantio, já que a planta pequena já começa a sofrer a ação predatória dos fungos, bactérias e vírus. Ou seja, a redução do plantio faz com que haja a diminuição da oferta no mercado e consequentemente o aumento do preço”.
Eunizio ressalta sobre a importância de uma conscientização por parte da população quanto ao aumento de produtos hortifrutigranjeiros, pois, são alimentos que dependem do clima e da região para serem produzidos em grandes escalas.
“As pessoas precisam entender que esses aumentos de preços de determinados produtos são por períodos curtos e logo são normalizados. O tomate, por exemplo, é uma planta de ciclo curto, após 100 dias do seu plantio, ele já pode ser colhido. Outra questão é que o tomate entre outros pode ser perfeitamente substituído do prato do dia a dia até que o preço volte ao normal. Ele não é um alimento relevante tanto como os de primeira necessidade”.
A dona de casa, Antônia de Fátima, conta que nos dias em que o tomate estava com o preço nas alturas, ela optou por fazer substituições. “Passei a comprar uma quantidade menor do que de costume, deixando-o somente para a salada. Comecei a preparar pratos que não continham o tomate na receita como macarrão ao molho branco e brócolis entre outros”.
