Preços ao produtor têm queda de 0,04% em janeiro
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve leve queda de 0,04 por cento em janeiro, o primeiro recuo desde fevereiro de 2012 (0,42 por cento) e após alta de 0,41 por cento em dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, 28.
O IBGE revisou o dado de dezembro depois de anunciar anteriormente avanço de 0,30 por cento.
Em janeiro de 2012, o índice havia caído 0,43 por cento, e no acumulado em 12 meses os preços apresentaram alta de 7,69 por cento no mês passado. Em dezembro, a alta acumulada estava em 7,28 por cento.
Segundo o IBGE, entre as atividades que registraram queda de preços, o destaque ficou para perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-2,12 por cento), equipamentos de informática e produtos eletrônicos e ópticos (-1,99 por cento)
O item alimentos registrou queda de 1,56 por cento no mês passado, o primeiro resultado negativo desde outubro de 2012, quando os preços haviam recuado 1,44 por cento, com destaque para o item “resíduos da extração de soja” devido ao período de colheita da soja.
Os preços dos alimentos haviam pressionado o índice durante a maior parte do ano passado.
Em janeiro deste ano, 11 das 23 atividades pesquisadas apresentaram alta de preços na comparação com o mês anterior, contra 17 em janeiro, com destaque para produtos de metal (1,59 por cento), ainda segundo o IBGE.
Por sua vez, as maiores influências sobre o indicador em janeiro vieram de alimentos (-0,31 ponto percentual), veículos automotores (0,13 ponto), outros produtos químicos (0,10 ponto) e metalurgia (0,07 ponto).
Na comparação com o mesmo mês de 2012, as maiores variações de preços ocorreram em fumo (22,21 por cento), papel e celulose (14,06 por cento), outros produtos químicos (13,34 por cento) e produtos alimentícios (13,17 por cento).
O índice mede os preços “na porta das fábricas” e não inclui os custos com frete e impostos que influenciam os preços ao consumidor.
Os preços dos produtos agropecuários vêm mostrando queda no início deste ano no atacado, mas a inflação ainda é um fator de preocupação, provocando apostas na possibilidade de a Selic –hoje na mínima histórica de 7,25 por cento ao ano– ser elevada ainda no primeiro semestre.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, avançou 0,68 por cento em fevereiro, mas embora tenha desacelerado o resultado ainda ficou acima do esperado, levando o acumulado nos últimos 12 meses a uma alta de 6,18 por cento.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na terça-feira que o controle da inflação é uma prioridade para o governo e que a meta – 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos – deste ano será cumprida.