Produção industrial sobe 0,9% em outubro
A produção industrial brasileira voltou a crescer em outubro, com alta de 0,9 por cento frente a setembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 4.
O resultado ficou um pouco abaixo do esperado pelo mercado, mas foi compensado pela revisão do dado mensal de setembro, que passou de uma queda de 1 por cento para um recuo de 0,6 por cento. O dado de agosto também foi revisado, de alta de 1,7 por cento para avanço de 1,5 por cento.
Na comparação com um ano antes, a produção industrial teve em outubro expansão de 2,3 por cento, a primeira depois de 13 meses seguidos de contração.
De acordo com pesquisa da Reuters junto a 35 analistas, a expectativa era de que a atividade avançasse 1,2 por cento em outubro ante setembro. As estimativas variaram de 0,6 por cento a 1,9 por cento. Na comparação anual, a expectativa era de alta de 2,5 por cento, com as projeções variando de 0,4 a 3,6 por cento.
Segundo o IBGE, em outubro, 13 das 27 atividades pesquisadas apresentaram avanço na produção sobre o mês anterior, com destaque para indústrias extrativas com avanço de 8,6 por cento, interrompendo as quedas verificadas desde junho.
Já máquinas e equipamentos registrou alta de 6,3 por cento, recuperando assim parte do recuo de 9,4 por cento entre julho e setembro. Por sua vez veículos automotores registrou avanço de 3,7 por cento em outubro, o que elimina a queda de 1,2 por cento no mês anterior.
Também pesaram no resultado de outubro sobre setembro os setores de equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (22,8 por cento), alimentos (1,7 por cento), metalurgia básica (2,6 por cento) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (5,9 por cento).
Na outra ponta, houve queda da produção nos setores de farmacêutica (-5,2 por cento), refino de petróleo e produção de álcool (-2,6 por cento), outros equipamentos de transporte (-4,2 por cento) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (-6,6 por cento).
No terceiro trimestre, beneficiado por medidas de estímulo do governo, a produção industrial mostrou uma pequena recuperação na comparação com o período de três meses anteriores, ao apresentar crescimento de 1,1 por cento. Ainda assim o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,6 por cento no terceiro trimestre, bem abaixo do esperado.
Já há indicações de que a atividade industrial continua em recuperação. O Índice de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) do instituto Markit, em novembro, acelerou a expansão ao atingir 52,2, ante 50,2 em outubro, permanecendo acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
