Rede Sanca custa R$ 300 mil por ano
A Rede Sanca, primeira rede metropolitana de alta velocidade do interior de São Paulo, está em pleno funcionamento, de acordo com o professor do Departamento de Computação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e presidente do Comitê Gestor da Rede Sanca, César Marcondes. A rede metropolitana é uma rede de fibra óptica que percorre uma grande extensão do município e interconecta várias instituições de ensino, pesquisa e algum governo local. “A rede de São Carlos possui mais de 20 km de fibra óptica. Ela custou por volta de R$ 1 milhão para ser construída e hoje existe um acordo de manutenção, que está sendo renovado, com o custo perto de R$ 300 mil por ano, sem incluir extensões e ampliações. Esse valor é dividido entre as instituições que a utilizam”, explica Marcondes.
A rede metropolitana forma um anel em torno da cidade e nele estão conectadas todas as instituições participantes: UFSCar; USP; Embrapa Instrumentação e Pecuária; Hospital-Escola; ParqTec; Unicep; Prefeitura; Centro Municipal de Especialidades (CEME); Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (IPEM), além de outras instituições em processo de interligação, como o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Paço Municipal, Parque Eco Tecnológico Damha, CPFL Paulista, entre outros.
Ela foi instalada no município em 2010, financiada pela Agência Brasileira da Inovação (Finep) e executada pela Rede Nacional de Pesquisa (RNP). “Há alguns anos esses dois órgãos incentivam a criação de redes metropolitanas nas capitais, no interior é algo recente, a de São Carlos é a primeira do interior do Brasil, inaugurada em 2010”, relata.
Exclusivamente voltada para ensino e pesquisa, seus participantes podem usá-la para conectar seus membros. “Como a rede é um anel, ela pode conectar, por exemplo, a UFSCar com a USP, permitindo que um aluno que precise acessar alguma base de dados da outra universidade, faça isso pela rede metropolitana”.
Questionado se a Rede Sanca poderia ser o primeiro passo para uma internet livre na cidade de São Carlos, o professor esclarece que isso não é correlacionado. “A rede metropolitana não tem esse papel, ela é uma rede dedicada a ensino e pesquisa para interconectar instituições da região e não para acessar internet. Por definição, ela não pode ser utilizada para esse fim”.
Ele acredita que a rede está sendo muito bem utilizada, no entanto, pode ser ainda mais desenvolvida. “A rede metropolitana de São Carlos tem muito para crescer, ela tem um bom uso e existe uma possibilidade grande de expansão”, comenta.
“São apenas três anos de atividade, algo considerado recente, mas é um importante patrimônio para São Carlos. As pessoas devem se conscientizar e saber que é algo muito bom para o município e ter consciência que a rede tem muito espaço para crescer”, conclui.
