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Redução de inflação ainda gera desconfiança no cidadão

23/10/2019 08h36 - Atualizado há 5 anos Publicado por: Redação
Redução de inflação ainda gera desconfiança no cidadão

O último boletim Focus, do Banco Central, trouxe os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2019 e 2020. O Relatório divulgado na segunda-feira (21) pelo Banco Central (BC) mostra que a estimativa para a inflação este ano passou de alta de 3,28% para elevação de 3,26%. Há um mês, estava em 3,44%. Já para 2020, foi de 3,73% para 3,66%.

A redução vem na esteira do IPCA de setembro, que recuou 0,04%, influenciado principalmente pela queda nos preços de alimentos, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Luiz Fernando Paulillo, professor de economia do Departamento de Engenharia de Produção da UFSCar, a inflação deve ficar neste ritmo por um tempo significativo. “Enquanto tivermos média de crescimento trimestral de renda agregada inferior a 2%, a inflação será baixa”, afirma.

Paulo André Silveira Júnior, economista e editor do site Terraço Econômico, complementa dizendo que a manutenção de tal cenário de forma sustentável depende também de uma boa política econômica no Brasil e do cenário internacional. “Contamos com a ausência de choques externos, por exemplo, uma crise econômica nos Estados Unidos”, diz.

Consumidor tem visão conflitante quanto à inflação

Durante as compras em um supermercado, algumas pessoas contaram sua impressão em relação ao nível de preços. De acordo com Valdevino Silva, os preços estão realmente mais baixos nos itens que ele costuma comprar, sobretudo nas frutas. “Tenho percebido uma pequena redução, espero que continue”, torce.

Já João Filho vê uma estabilidade nos preços dos produtos que consome. “O leite e os ovos não tem subido com tanta intensidade. Dá um alívio para o bolso”, diz. Porém, Waldemar Russo reclamou do aumento de alguns preços. “O saco de arroz subiu de nove para 16 reais. Aí fica complicado”, afirma.

De acordo com Paulillo, é normal o cidadão não sentir a diferença em alguns produtos, mas acaba sentindo em outros. “Um preço da banana pode aumentar, enquanto um preço de sabão em pó pode subir, e assim por diante. Então, na média, ele vai sentir essa estabilidade de preços em alguns produtos de sua preferência”, explicou.

Já Paulo André diz que a inflação baixa é mais sentida, quando comparada à inflação de 2015 (ultrapassou 10%). “Na época, a inflação foi impulsionada, principalmente pelos ditos preços administrados, caso do gás e da energia elétrica”, relembra.

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